Pará - A Federação Paraense de Futebol (FPF), presidida - até pouco tempo atrás - por Antônio Carlos Nunes de Lima, hoje no comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), não só escalou como afirmou ao Sr. Goool não ver problemas em ter o mesmo assistente em dois jogos com intervalo inferior a 24 horas. Wanderson Damião dos Santos trabalhará em duas partidas na 3ª rodada do Campeonato Paraense.
No sábado, o assistente estará no duelo entre Tapajós e Independente, às 21 horas (horário de Brasília), no Estádio Colosso de Tapajós, em Santarém. No mesmo local, mas no domingo, às 18 horas, Wanderson Damião dos Santos voltará a campo para o embate entre São Raimundo e Paysandu. Caso a primeira partida não sofra atrasos, o profissional estará novamente em campo após apenas 19 horas de ter iniciado a dupla jornada.
O Art. 25 do Regulamento Geral das Competições não menciona arbitragem, mas proíbe jogadores de atuarem em um curto espaço de tempo. "Os clubes e atletas profissionais não poderão, como regra geral, disputar partida sem observar o intervalo mínimo de sessenta (60) horas". O que os torcedores de São Raimundo e Paysandu - segundo jogo de Wanderson Damião dos Santos - pensariam a respeito?
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Leia a notícia completaFalta de sintonia!
Há ainda outra questão que mostra a falta de sintonia entre o comunicado oficial da FPF e as atitudes da entidade paraense. A FPF, desde a presidência do Coronel Nunes - hoje sob o controle do seu antigo vice Adelcio Magalhães Torres -, não costuma prestigiar os árbitros locais em partidas decisivas. Para se ter uma ideia, a final da Taça Cidade do Pará 2015 teve como árbitro principal o paulista Luiz Flávio de Oliveira. Marcelo Carvalho Van Gasse, também de São Paulo, e Nadine Schramm Camara Bastos, de Santa Catarina, foram os assistentes.
Na semifinal entre Paysandu e Paraupaebas - mostrando que nem só o Re-Pa ganha arbitragem de outro estado -, o apito foi do goiano Wilton Pereira Sampaio, auxiliado pelo mineiro Guilherme Dias Camilo e pela catarinense Neuza Inês Back. Toda a arbitragem citada é da FIFA. Para levar árbitros de outros estados e da FIFA há que se custear as viagens e o próprio trabalho dos profissionais.
Mesma situação...
O Sr. Goool, em outra oportunidade, tentou falar com o Coronel Nunes a respeito de problemas na Federação Paraense de Futebol (FPF), mas o mandatário foi blindado pela assessoria de imprensa da CBF que afirmou que assuntos regionais não eram da alçada dele. O Sr. Goool está aberto para qualquer esclarecimento do taciturno Coronel Nunes.