São Paulo - Atlético Nacional e Independiente farão uma final improvável e histórica na Libertadores. Enquanto os colombianos tentarão o segundo título, o clube equatoriano se tornou o 42º finalista, terceiro do seu país, do torneio mais importante da América do Sul. Por ter melhor campanha, o Atlético Nacional decidirá o título em seus domínios. Os finalistas, aliás, ostentam bom aproveitamento em casa.
O Equador, por sua vez, é mais modesto. Os equatorianos comemoram a conquista da LDU em 2008 e ainda tiveram os vices do Barcelona (1990 e 1998). O fator casa impulsiona o Independiente em busca da histórica volta olímpica. São seis triunfos diante da torcida e só um empate. Aproveitamento de 90,5%.
Sem falar que o Independiente, antes de passar pelo seis vezes campeão Boca Juniors, eliminou o atual vencedor River Plate nas oitavas de final. O mexicano Pumas ainda ficou pelo caminho nas quartas de final. O clube equatoriano também esteve em um grupo com os campeões Atlético Mineiro e Colo-Colo, além do Melgar.
No geral, o aproveitamento equatoriano é de 61,9%. São oito triunfos (seis em casa e dois fora), dois empates (um como mandante e outro como visitante) e quatro derrotas longe da torcida, além de 19 gols a favor e 13 contra. O Atlético Nacional, por sua vez, também passou por campeões e ostenta a melhor campanha da Libertadores.São nove vitórias dos colombianos (cinco em casa e quatro fora), dois empates (um como mandante e outro como visitante) e só uma derrota longe da torcida, além de 23 gols a favor (melhor ataque) e apenas cinco contra. Aproveitamento de 80,6%. Líder no grupo que tinha o campeão Peñarol, além de Huracán e Sporting Cristal, o Atlético Nacional eliminou Huracán nas oitavas de final, Rosário Central nas quartas e São Paulo na semi.
Há tempos...
Argentina e Brasil não ficavam sem representantes na decisão do torneio sul-americano há 25 anos, segundo levantamento do Sr. Goool. Em 1991, a final da Libertadores teve Chile contra Paraguai. O Colo-Colo superou o Olímpia. Desde então, o torneio mais importante da América do Sul sempre contou, pelo menos, com um clube brasileiro ou argentino.
Antes do título do Colo-Colo em cima do Olímpia, o próprio Olímpia foi campeão, em 1990, diante do equatoriano Barcelona. Já em 1989, o Olímpia perdeu a final para o Atlético Nacional. Em toda a história da Libertadores, só houve outras três edições sem Argentina e Brasil na final - sempre com o Peñarol no lugar mais alto do pódio. Em 1960, o uruguaio Peñarol foi campeão em cima do Olímpia. Em 1982, os uruguaios superaram o chileno Cobreloa, enquanto o colombiano América de Cali foi a vítima em 1987.
Situação ainda pior!
Ainda de acordo com o levantamento do Sr. Goool, os brasileiros não ficavam fora da decisão por três temporadas seguidas desde o final da década de 80. Naquela oportunidade, aliás, foram sete edições sem o Brasil lutar diretamente pelo título no torneio sul-americano. O vice-campeonato do Grêmio em 1984 abriu a seca verde e amarela que só foi encerrada com a presença e o título do São Paulo em 1992.
Atlético Nacional eliminou o São Paulo e decidirá o título contra o Independiente, algoz do Boca Juniors
Leia a notícia completaCampeões!
A Argentina, com 24 títulos, lidera o ranking de conquistas da Libertadores. O Brasil soma 17, contra oito do Uruguai. Já o Paraguai tem três e a Colômbia aparece com dois. Equador e Chile têm um cada. Em relação aos clubes, a Libertadores tem como maior vencedor o Independiente-ARG - dono de sete títulos -, um a mais que o Boca Juniors-ARG.
Peñarol-URU, com cinco, e Estudiantes-ARG, com quatro, estão a frente de Santos, São Paulo, Olímpia-PAR, Nacional-URU e River Plate-ARG, todos com três. O Internacional tem dois títulos, assim como Cruzeiro e Grêmio. Com uma conquista há San Lorenzo-ARG, Atlético Mineiro, Corinthians, LDU-EQU, Once Caldas-COL, Palmeiras, Vasco, Vélez Sarsfield-ARG, Colo Colo-CHI, Atlético Nacional-COL, Argentinos Juniors-ARG, Flamengo e Racing Club-ARG.