Amazonas - A Federação Amazonense de Futebol (FAF) é a única, em todo futebol brasileiro, que não cobra a heterodoxa taxa sobre a renda bruta dos clubes em partidas pelos Campeonatos Estaduais. E olha que na própria região Norte há entidades que exigem 10% dos seus filiados, sendo que o valor da taxa em competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é de 5%.
"Fora o repasse da CBF, a única taxa da FAF era estes 5%. Mas mesmo assim optamos por não cobrar. Não adianta exigir isso dos clubes e depois os próprios desistirem do Estadual por falta de receita", completou a entidade amazonense.
Caixinha, sim!
Mas nem todas as Federações pensam assim. A maioria, aliás, vê de outra forma a polêmica da taxa sobre a renda bruta. A Federação Paraense de Futebol (FPF), por exemplo, não conta com nenhum clube na Série A do Brasileirão, mas ainda assim exige taxa de elite. A FPF obriga seus clubes a desembolsarem 10% da renda bruta. De jogo em jogo, a entidade paraense já amealhou R$ 347.774,90.
Tal valor fica atrás só da renda do Remo (R$ 526.318,22). O montante da FPF supera até mesmo a arrecadação do Paysandu (R$ 304.067,50). E não estamos falando apenas do Pará. Estamos comparando com todos os Estaduais do Norte. A FPF, em contato com o Sr. Goool, argumentou que a taxa é prevista no Estatuto da entidade e que serve para bancar algumas despesas próprias.
"A FPF cobra 10% da renda bruta dos clubes a cada partida do Estadual pois está no estatuto da Federação. (Esta receita) É utilizada para pagar as despesas administrativas como energia, água, IPTU, salários dos funcionários, vale transporte, vale refeição, internet, dentre outras despesas", explicou a FPF.
Sr. Goool traz, nesta quinta-feira, a tabela completa e o simulador de jogos
Leia a notícia completa"Doação"!
Só o Remo teve que desembolsar R$ 150.973,00. O Paysandu, por sua vez, "doou" R$ 102.250,50 à FPF. Outra Federação que passa por cima dos clubes é a Tocantinense. A entidade do Tocantins também cobra 10% da renda bruta dos seus filiados. A receita chega a R$ 6.224,20, ante R$ 6.009,00 da Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER). Rondônia e Acre, porém, exigem 5% dos seus clubes. A Federação de Futebol do Estado do Acre (FFAC) faturou R$ 1.721,50. Receita que deveria estar nos cofres dos clubes, mas acabam com as entidades.
A Federação Roraimense, por sua vez, desrespeita o Estatuto do Torcedor ao não divulgar os borderôs. Desta forma, não é possível saber o tamanho da taxa. Já a Federação do Amapá ainda não colocou a bola para rolar.
O Sr. Goool também entrou em contato com as outras Federações, mas não tivemos respostas. Queríamos saber o que é feito com esta arrecadação, os motivos da exigência, entre outras questões. Nos próximos dias, o Sr. Goool revelará quanto cada Federação já embolsou à custa dos clubes. (Clique na imagem abaixo e confira o ranking agrupado do Paraense, Tocantinense, Rondoniense, Acreano e Amazonense!)
Confira quanto cada Federação do Norte arrecadou à custa dos seus clubes:FEDERAÇÃO | ARRECADAÇÃO |
---|---|
FPF | R$ 347.774,90 |
FTF | R$ 6.224,20 |
FFER | R$ 6.009,00 |
FFAC | R$ 1.721,50 |