São Paulo - O Grêmio Barueri está prestes a sofrer mais um revés na Série A3 do Campeonato Paulista. Em profunda crise dentro e fora de campo, o clube da Grande São Paulo foi mais uma vez punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP) e poderá ser impedido de entrar em campo na próxima quarta-feira contra a Itapirense, pela 14ª rodada. O motivo: a não entrega dos borderôs de suas partidas como mandante.
Na última terça-feira, 8 de março, o TJD publicou que "tendo em vista o descumprimento da obrigação de pagar, e apresentar os Boletins Financeiros, com os respectivos recolhimentos previdenciários", o Grêmio Barueri seria suspenso "à partir do 5º dia desta publicação, nos termos dos arts. 191-I e III e art. 223 do CBJD c/c art. 54-III e com os efeitos do artigo 59, ambos do Regulamento Geral das Competições".Tricolor gaúcho supera os rivais Corinthians e Palmeiras que dominaram os últimos anos
Leia a notícia completaO prazo dado pelo TJD vence nesta terça-feira. Até esta segunda-feira, segundo o Sr. Goool apurou com a Federação Paulista de Futebol (FPF), o Grêmio Barueri ainda não havia cumprido a determinação. O clube paulista, aliás, já havia sido punido pelo TJD pelo mesmo motivo.
Na ocasião, o TJD puniu o Grêmio Barueri "em R$ 100,00" e fixou "o prazo de 48 horas, para apresentação dos Boletins Financeiros das partidas da 3ª e 5ª rodadas, com a comprovação do recolhimento dos encargos previdenciários, sob pena de descumprimento. Jogos do dia 6 e 14.2.2016. Proc. 085/16". O que não aconteceu.
Mais problemas!
Este, porém, é um dos menores problemas do Grêmio Barueri. O clube, aliás, já perdeu por W.O. na estreia da Série A3 do Paulista. Na oportunidade, a Abelha - como o clube é conhecido por seus torcedores - não tinha regularizado o número mínimo de jogadores e resolveu não ir a campo. Quando foi, o Grêmio Barueri chegou a jogar sem reservas. Não por acaso, o clube da Grande São Paulo - entre suas 13 derrotas em 13 partidas - coleciona goleadas homéricas como 8 a 0 e até mesmo 10 a 0.
A lanterna na Série A3, com cinco gols a favor e 56 contra, e o iminente rebaixamento à última divisão estadual, porém, não assustam tanto o clube que já esteve na Série A do Brasileirão. A crise maior é a financeira. Os jogadores estão sem salários e ficaram até mesmo sem comida. O Nacional, um dos adversários que venceram o Grêmio Barueri, chegou a doar comida aos companheiros de profissão.
Cadê o Bom Senso?
Tal atitude do Bom Senso joga contra o que o próprio movimento propaga em seu site oficial. "O movimento de quem joga, de quem torce, de quem apita, de quem transmite, de quem patrocina". A mesma indiferença do Bom Senso, porém, não foi vista em episódios de destaque como a proibição de uma torcida organizada do Corinthians em protestar contra a FPF, a Globo e o deputado Fernando Capez (PSDB). Teve até campanha em rede social! Ou na disputa entre Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Primeira Liga e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). E falando apenas dos episódios recentes do futebol nacional.
"A Federação Paulista de Futebol está atenta às possíveis infrações cometidas pela antiga gestão do Grêmio Barueri. As denúncias, portanto, estão sendo enviadas à Justiça Desportiva. Por meio do departamento de Integração com Atletas, a FPF acompanha a situação dos jogadores. A FPF foi informada também que o clube está sob nova direção e torce para que ela possa reconduzir o Barueri a seus tempos mais prósperos".
"Após denuncia que recebemos dos jogadores do Barueri, prontamente fomos ao clube. Eu, o Dr. Filipe, Dr. Thiago Rino e Dr. Guilherme. Chegando lá, vimos uma situação precária, os jogadores há vários meses sem receber, não tinham sequer comida. São por volta de 35 a 38 jogadores”, relatou na época o diretor de relacionamento da entidade, Mauro Costa.
A informação mais recente da SAPESP é que "o Sindicato reitera mais uma vez que está dando toda assistência aos atletas e seguirá acompanhando a situação".