Rio de Janeiro - Todo ano os Campeonatos Estaduais são contestados. Alguns torcedores viram a cara, alguns clubes focam na Libertadores ou Copa do Brasil, alguns técnicos escalam times reservas, há campos esburacados, há estádios sem estrutura, há clássicos em meio de semana, há horários nada habituais por causa da TV... E há ainda um ponto mais chocante que se colocará contra estas competições. Segundo levantamento do Sr. Goool, dez dos 20 clubes da Série A do Brasileirão amargam déficits em seus Estaduais.

O Botafogo tem a pior marca de todos os clubes. O Glorioso esperou uma eternidade para ter o Estádio Nilton Santos, mas a casa alvinegra tem causado prejuízo de mais de meio milhão de reais (R$ - 550.548,86). Em cada um dos três jogos que realizou ao lado da torcida, o Botafogo pagou, em média, R$ - 183.516,29 para entrar em campo.

E os maiores gastos são mesmo com o Niltão. Nos borderôs oficiais da partida há gastos de R$ 100 mil no aluguel do estádio - este valor chegou a R$ 200 mil no clássico ante o Flamengo - e de R$ 115 mil com despesas operacionais do estádio. Há mais valores altos, em média, como segurança privada (R$ 30 mil), ingresso promocional (R$ 33 mil), confecção e venda de ingressos (51 mil), entre outras inúmeras despesas.

Sem falar que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) exige 9% da renda bruta de cada duelo. Esta taxa em campeonatos nacionais é de 5%. Não por acaso, o Fluminense é o terceiro clube do Brasileirão que mais deve nos Estaduais (R$ - 190.245,68) e o Vasco completa o Top 5 (R$ - 161.500,67).

Rombo pelo país!
Entre os cariocas há Bahia e Atlético Mineiro. O Tricolor não tem jogado na Arena Fonte Nova, mas ainda assim não conseguiu ter lucro com o Baianão. A dívida chega a R$ - 259.899,51. O Galo segue pelo mesmo caminho com déficit de R$ - 186.892,42. Atlético Paranaense (R$ - 148.736,58), Coritiba (R$ - 71.032,83), Ponte Preta (R$ - 19.114,96), Vitória (R$ - 7.481,31) e Cruzeiro (R$ - 5.199,21) são os outros clubes que têm pago para jogar neste início de temporada.

Nem todos clubes, contudo, não sabem tirar proveito dos Estaduais. Três paulistas iniciaram a temporada com os cofres cheios. Mas desta vez nada de Corinthians ou Palmeiras na liderança. A ponta é do São Paulo que lucrou com a volta de Rogério Ceni, hoje técnico, ao Morumbi e a apresentação de Lucas Pratto.

O Tricolor, até o momento, já lucrou R$ 1.912.618,81. A cada partida em casa, o São Paulo embolsa, em média, R$ 637.539,60. Tal valor é superior ao montante total do Grêmio (R$ 635.332,72), quarto maior arrecadador entre os clubes da elite nacional. Palmeiras (R$ 1.719.693,21) e Corinthians (R$ 1.383.707,34), porém, não estão muito atrás do São Paulo e também já superam a marca milionária.

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Confira a renda líquida dos clubes do Brasileirão nos Estaduais:

Botafogo (R$ - 550.548,86)

Bahia (R$ - 259.899,51)

Fluminense (R$ - 190.245,68)

Atlético Mineiro (R$ - 186.892,42)

Vasco (R$ - 161.500,67)

Atlético Paranaense (R$ - 148.736,58)

Coritiba (R$ - 71.032,83)

Ponte Preta (R$ - 19.114,96)

Vitória (R$ - 7.481,31)

Cruzeiro (R$ - 5.199,21)

Sport (R$ 72.134,80)

Atlético Goianiense (R$ 107.982,83)

Chapecoense (R$ 210.261,07)

Flamengo (R$ 278.953,93)

Avaí (R$ 301.736,26)

Santos (R$ 484.869,65)

Grêmio (R$ 635.332,72)

Corinthians (R$ 1.383.707,34)

Palmeiras (R$ 1.719.693,21)

São Paulo (R$ 1.912.618,81)