Pernambuco - O time do Santa Cruz foi dado como morto entre 2006 e 2011. Os aparelhos só não foram desligados por causa da alma do clube. A torcida ainda pulsava. Mesmo sem o clube sair da UTI na Série D do Campeonato Brasileiro, os torcedores mantinham o Santinha respirando. E muita coisa mudou desde o acesso na última divisão nacional em 2011. O Santa Cruz abriu os olhos, mexeu as pernas e iniciou sua estonteante recuperação. Nos cinco anos seguintes, o clube pernambucano - sempre empurrado por seu torcedor - conquistou título da Série C e acessos até chegar a Série A do Brasileirão, faturou quatro vezes o Estadual e, neste domingo, mostrou que está mais vivo do que nunca. O Santa Cruz fez história ao obter pela primeira vez na história o título da Copa do Nordeste. O Santinha segurou o Campinense (1 a 1) e soltou o grito entalado na garganta no Estádio Amigão, em Campina Grande.
Ao gritar "é campeão" fora de casa, o Tricolor pernambucano se igualou a Sport (1994 e 2014), Vitória (1999 e 2010) e Bahia (2002) que também festejaram títulos longe de casa. Enquanto isso, Vitória (1997 e 2003), América de Natal (1998), Sport (2000), Bahia (2001), Campinense (2013) e Ceará (2015) foram campeões ao lado da torcida.
Clube do interior estava fora da principal divisão do Paulistão desde a temporada 2013
Leia a notícia completaO título do Santa Cruz foi obtido com aproveitamento de 66,7%. Foram sete vitórias (três em casa e quatro fora), três empates (dois como mandante e um como visitante) e duas derrotas (uma em casa e outra fora), além de 16 gols a favor e nove contra. Nas arquibancadas, a alma tricolor voltou a mostrar a força que exerce sobre o time tricolor.
No primeiro jogo da decisão, o Santa Cruz conseguiu o maior público da Copa do Nordeste ao levar 36.106 pagantes ao primeiro duelo da final. No ranking de público, o Santinha terminou na vice-liderança com média de 12.222 torcedores. Neste 1º de maio, a arquibancada tricolor pulsa e o Santa Cruz está mais vivo do que nunca! Parabéns, Santinha!