São Paulo - Argentina e Brasil podem ser as duas maiores potências da América do Sul, mas não são as únicas vozes. Não por acaso, a edição 2016 da Libertadores está sendo disputada entre o colombiano Atlético Nacional e o equatoriano Independiente. E o campeão, que será conhecido na próxima quarta-feira, às 21h45 (horário de Brasília), encerrará o segundo maior jejum do torneio. Seca de um vencedor que não seja argentino ou brasileiro.
A seca atual de sete anos iguala o período entre 1972 e 1978 com seis conquistas da Argentina e uma do Brasil. Coube ao Olímpia encerrar esta sequência. O maior domínio entre brasileiros e argentinos, contudo, ocorreu entre 1992 e 2001. Foram dez anos de supremacia dos maiores vencedores da América do Sul - seis títulos brasucas e quatro hermanos.
Finalistas!
Pela primeira vez na decisão, o Independiente se tornou o 42º finalista diferente da Libertadores. Já o Atlético Nacional foi campeão em 1989, mas amargou o vice em 1995. A Colômbia tem dois títulos - Once Caldas foi campeão em 2004 - e sete vices - quatro do América de Cali (1985, 1986, 1987 e 1996) e dois do Deportivo Cali (1978 e 1999). O Equador, por sua vez, é mais modesto. Os equatorianos comemoram a conquista da LDU em 2008 e ainda tiveram os vices do Barcelona (1990 e 1998).
Há tempos...
Argentina e Brasil não ficavam sem representantes na decisão do torneio sul-americano há 25 anos, segundo levantamento do Sr. Goool. Em 1991, a final da Libertadores teve Chile contra Paraguai. O Colo-Colo superou o Olímpia. Desde então, o torneio mais importante da América do Sul sempre contou, pelo menos, com um clube brasileiro ou argentino.
Antes do título do Colo-Colo em cima do Olímpia, o próprio Olímpia foi campeão, em 1990, diante do equatoriano Barcelona. Já em 1989, o Olímpia perdeu a final para o Atlético Nacional. Em toda a história da Libertadores, só houve outras três edições sem Argentina e Brasil na final - sempre com o Peñarol no lugar mais alto do pódio. Em 1960, o uruguaio Peñarol foi campeão em cima do Olímpia. Em 1982, os uruguaios superaram o chileno Cobreloa, enquanto o colombiano América de Cali foi a vítima em 1987.
Situação ainda pior!
Ainda de acordo com o levantamento do Sr. Goool, os brasileiros não ficavam fora da decisão por três temporadas seguidas desde o final da década de 80. Naquela oportunidade, aliás, foram sete edições sem o Brasil lutar diretamente pelo título no torneio sul-americano. O vice-campeonato do Grêmio em 1984 abriu a seca verde e amarela que só foi encerrada com a presença e o título do São Paulo em 1992.
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Leia a notícia completaCampeões!
A Argentina, com 24 títulos, lidera o ranking de conquistas da Libertadores. O Brasil soma 17, contra oito do Uruguai. Já o Paraguai tem três e a Colômbia aparece com dois. Equador e Chile têm um cada. Em relação aos clubes, a Libertadores tem como maior vencedor o Independiente-ARG - dono de sete títulos -, um a mais que o Boca Juniors-ARG.
Peñarol-URU, com cinco, e Estudiantes-ARG, com quatro, estão a frente de Santos, São Paulo, Olímpia-PAR, Nacional-URU e River Plate-ARG, todos com três. O Internacional tem dois títulos, assim como Cruzeiro e Grêmio. Com uma conquista há San Lorenzo-ARG, Atlético Mineiro, Corinthians, LDU-EQU, Once Caldas-COL, Palmeiras, Vasco, Vélez Sarsfield-ARG, Colo Colo-CHI, Atlético Nacional-COL, Argentinos Juniors-ARG, Flamengo e Racing Club-ARG.