Alagoas - As torcidas de CRB e CSA protagonizaram cenas lamentáveis em um duelo generalizado dentro e fora de campo na edição 2016 do Campeonato Alagoano. Os brigões estão soltos por aí, enquanto clubes e, principalmente, o Estadual pagaram caro. O Alagoano 2017 teve a pior média de público dos últimos anos. Resultado de nove jogos com os portões fechados no Rei Pelé, em Maceió, sendo cinco do CSA e quatro do CRB. Sem falar que a dupla jogou uma vez cada em Coruripe.

Segundo levantamento do Sr. Goool, a média do Estadual de Alagoas foi de apenas 1.199 testemunhas e total inferior a 100 mil pagantes (91.089). No ano passado, a média também foi baixa, mas ainda assim superou a atual temporada. O Alagoano 2016 foi encerrado com 1.928 espectadores, ante 1.970 fãs de 2015. Há três anos, o Estadual terminou com média de 1.526 apaixonados. Um ano antes, a competição ficou em 1.518 testemunhas. A melhor marca, contudo, foi vista em 2012 (2.155).

No ranking de clubes, o CSA - mesmo com cinco jogos com os portões fechados e um no interior - terminou na frente do campeão CRB. O Azulão obteve média de 7.462 pagantes, enquanto o Galo não passou de 3.750 regatianos. Terceiro colocado no Alagoano, o ASA completou o time daqueles que superaram a barreira de mil fãs (1.087).

Todos os outros clubes sequer atingiram os mil torcedores. A pior marca foi do rebaixado Miguelense (130). O Miguelense, aliás, é o responsável pelo pior público pagante do futebol brasileiro em 2017. O duelo contra o Murici teve - pasmem! - um único pagante. Enquanto isso, só a final entre CSA e CRB atingiu os dez mil torcedores (16.323).

Cofre da FAF!
A Federação Alagoana de Futebol (FAF) exige dos seus filiados 8% da renda bruta. A taxa cobrada em competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é de 5%. Com este aditivo, a entidade alagoana garantiu R$ 116.991,60. O campeão CRB foi obrigado a repassar R$ 30.179,52. O CSA, por sua vez, perdeu um pouco mais (R$ 52.407,04).

A renda líquida da FAF só não é maior do que a apresentada pelos finalistas. Se o Azulão embolsou R$ 345.436,16, o Galo abocanhou R$ 148.674,66 com a venda de ingressos. Para se ter uma ideia da desproporcionalidade entre FAF e seus filiados, seis dos dez clubes terminaram no vermelho. A arrecadação do ASA de R$ 140,80 é 830,9 vezes inferior ao montante da Federação presidida por Felipe Omena Feijó. Coisas de futebol brasileiro!

Em campo foram 85 jogos com 38 vitórias dos mandantes, 26 triunfos dos visitantes e 21 empates. Aconteceram 199 gols, sendo 114 dos donos da casa e 85 dos visitantes. Média de 2,34 tentos por partida. A vitória dos mandantes, por 1 a 0, foi o resultado mais repetido - 11 vezes. O campeão CRB obteve o melhor ataque (32), enquanto o vice CSA teve a melhor defesa (11).