São Paulo - A Seleção Brasileira, já classificada à Copa do Mundo, enfrentou o Chile no Allianz Parque pela última rodada da Eliminatória Sul-americana. Naquela oportunidade, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) arrecadou, só com a venda de ingressos, a bagatela de R$ 15.118.391,02 - a maior da história do futebol nacional. Em nove jogos, a renda bruta da entidade superou os R$ 70 milhões. Dito isso! O campeão do Campeonato Brasileiro da Série A em 2017 receberá pouca coisa mais em relação ao que a CBF amealhou na despedida do time do técnico Tite. O vice-campeão, que fará os mesmos 38 jogos do vencedor, sequer terá tal montante em seus cofres.
Dirigentes, torcedores e parte da imprensa, mesmo diante de tais números, ainda comemoraram os novos valores oferecidos pela entidade que gere o futebol verde e amarelo. O Palmeiras foi campeão em 2016 e lucrou R$ 17 milhões. O campeão da atual temporada receberá R$ 18.069.300,00. No Brasil é comum ouvir que o vice não vale nada. Na Série A, o 2º colocado ficará com R$ 11.373.030,00. O valor até pode encher os olhos dos endividados clubes nacionais, mas não chega perto da renda bruta que a CBF conseguiu com Brasil e Chile. Naquela jogo, aliás, o ingresso médio saiu por inacreditáveis R$ 368,66.
Premiação? Tem certeza?
Maraca, quando não dá prejuízo, gera migalhas aos clubes, inclusive, em clássicos cariocas
Leia a notícia completaOs clubes se deixam levar por causa dos cofres vazios. Para se ter uma ideia, apenas o líder Corinthians ostenta arrecadação superior ao prêmio oferecido pela CBF ao campeão. Em 15 partidas em casa, o Timão abocanhou renda líquida de R$ 20.998.586,25. O Palmeiras, por sua vez, tem arrecadação de R$ 17.847.714,81.
A maioria dos clubes, no entanto, ou ganha migalhas da venda de ingressos ou paga para jogar. Quatro clubes estão no vermelho, sendo que o maior rombo é do Fluminense (R$ - 2.121.920,89). O Tricolor, após a 29ª rodada, ficou no 11º lugar. Nessa posição, o Flu embolsaria R$ 1.381.770,00 e, ainda assim, fecharia a Série A no vermelho. Mas para os clubes está tudo perfeito.