Rio de Janeiro - O Campeonato Brasileiro da Série A está apenas no começo. O Fluminense realizou só três jogos como mandante, mas ainda assim já acumula déficit - pasmem! - de R$ - 1.047.832,82, segundo levantamento do Sr. Goool. O Tricolor carioca tem o maior rombo entre os 128 clubes das Séries A, B, C e D. Desse total de participantes das quatro divisões nacionais, nada menos do que 60 têm pago para entrar em campo. (Clique na imagem abaixo e escolha a aba "renda líquida" para ter o ranking agrupado e completo!)

O curioso é que o Fluminense tem mandado seus jogos no Maracanã, principal palco do estado e aquele de maior preferência entre os torcedores. Mesmo assim, a cada partida como mandante, o Flu desembolsa, em média, R$ - 349.277,61. Esse valor refere-se só a receita bruta com a venda de ingressos e as despesas com a partida. Dos três duelos, a maior catástrofe foi na estreia ante o Santos, quando o Fluminense ficou no vermelho em R$ - 360.961,58.

O problema, contudo, não é só tricolor. O rival Botafogo, por exemplo, tem a segunda maior dívida do país. O déficit do Glorioso, contudo, está bem distante dos valores do Fluminense. O Botafogo, em dois confrontos no Nilton Santos, pagou R$ - 151.408,34 para jogar. O Top 3 negativo é completado por outro clube da Série A. O Atlético Mineiro ostenta dívida de R$ - 146.939,89.

Além do trio, o América Mineiro é o único a superar a barreira negativa de R$ 100 mil. Lanterna no ranking de renda líquida da Série B, o Coelho perdeu R$ - 123.386,43 nas três partidas que fez no Independência, mesmo estádio que o Galo manda seus jogos no Brasileirão. Ao todo, cinco clubes da Série B estão no vermelho, contra três da Série A.

Futebol deficitário!
A Série C, por sua vez, tem metade dos seus participantes com déficits. O maior buraco é do Bragantino. Rebaixado no ano passado na Série B, o clube paulista teve que desembolsar R$ - 38.208,56 nos dois jogos que realizou como mandante. O Volta Redonda, campeão da Série D 2016, também está nesta lista (R$ - 16.987,19), assim como o Cuiabá (R$ - 10.179,37), que manda seus embates na Arena Pantanal, um dos 12 estádios da Copa do Mundo.

Mas a maior parte dos devedores é mesmo da Série D. A última divisão nacional acumula 42 clubes deficitários, sendo que a Série D conta com 68 representantes. Novamente o Sudeste está na lanterna. O paulista Red Bull fez só duas partidas em casa, mas já teve que pagar R$ - 56.764,48. As últimas seis colocações do ranking agrupado, por sinal, têm clubes de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Com tantos devedores, o acumulado da Série D não passa de migalhas (R$ 179.672,96). Só o montante do líder Palmeiras (R$ 2.976.435,63) é 16,5 vezes superior ao total da última divisão nacional. Entre os líderes de público, Corinthians (R$ 2.200.958,90) e Grêmio (R$ 1.000.192,72) são os outros dois clubes a romper a barreira milionária. Em relação as divisões, a Série A faturou, até aqui, R$ 9.418.328,24, contra R$ 1.351.316,88 da Série B. O montante da Série C, por sua vez, fica em R$ 484.769,02. Como o futebol brasileiro ainda sobrevive?