São Paulo - Brasil, Argentina, Chile e Peru seguem na briga pelo título da Copa América. Os semifinalistas, porém, terão que lutar contra a lógica do 0 a 0 que impera na edição 2019. O resultado mais repetido desta temporada tem sido o sem graça empate sem gols, segundo levantamento do Sr. Goool. Já são cinco resultados inalterados ao longo das 22 primeiras partidas.

Ou seja, em 21% das partidas, a torcida não pôde soltar o grito entalado na garganta. O Brasil, então intitulado país do futebol, é um dos recordistas do quesito. O time do técnico Tite ficou duas vezes no 0 a 0. Uma contra a Venezuela pela 2ª rodada e a outra ante o Paraguai na classificação das quartas de final.

O mata-mata, por sinal, começou com três das quatro partidas sem a bola estufar as redes. A Venezuela também acumula dois 0 a 0, assim como o Peru. Se os venezuelanos ficaram pelo caminho, os peruanos eliminaram o Uruguai nos pênaltis. O Peru desafiará o atual bicampeão Chile, enquanto o Brasil medirá forças ante a Argentina.

A Copa América acumula 48 gols. Média de 2,18 tentos por confronto. Interessante notar que o Brasil, mesmo recordista em 0 a 0, apresenta o melhor ataque. São oito gols em quatro duelos. Média de dois por partida. Se em campo, as seleções têm sido econômicas, nas arquibancadas a grana rola solta, mesmo com média modesta de público.

Fora as quatro linhas!
A Copa América tem média modesta de 28.165 pagantes e total de 619.624 espectadores. Além da falta de interesse dos torcedores, os ingressos nas alturas ajudam a manter as arquibancadas vazias. Ainda assim, a arrecadação é de causar inveja.

Para se ter uma ideia, os fãs sul-americanos já deixaram nas bilheterias a bagatela de R$ 142.500.035,00. A cada partida, em média, um jogo da Copa América arrecada R$ 6.477.274,32. O preço médio da entrada chega a R$ 230,00. Você pagaria?