São Paulo - Quem vê a atual situação do Paulista não imagina que o representante de Jundiaí já foi um dos melhores clubes do país e até chegou à Libertadores. O Galo de 2005, porém, já não existe mais. Em pouco mais de uma década, o Paulista perdeu tudo. Foi do céu ao inferno e, praticamente, sem parar no purgatório. O último capítulo desta história sem final feliz foi o rebaixamento na Série A3 do Campeonato Estadual (equivalente a 3ª divisão).

O Paulista foi um dos seis clubes rebaixados à Segundona, o quarto e último estágio do futebol de São Paulo. Em 19 partidas, o clube do interior obteve apenas sete vitórias, dois empates e dez derrotas, além de 18 gols a favor e 23 contra. Aproveitamento modesto de 40,4%. O Paulista acumula a segunda queda seguida e terceira nos últimos quatro anos.

Em 2014, já sem o prestígio de antigamente, o Galo foi abatido na última colocação da elite estadual. O Paulista até conseguiu se segurar em 2015 na Série A2, mas no ano passado desceu mais um degrau. Sem falar que, desde 2009, o Paulista não disputa uma divisão de Brasileirão. O Galo esteve na Série B até 2007, quando caiu para a Série C.

Estes foram os trágicos últimos anos do Paulista. Mas nem sempre foi assim. O século começou muito bem para o representante de Jundiaí. No âmbito estadual, o Paulista foi campeão da Série A2 em 2001 e vice do Paulistão em 2004. Pelo Nacional, o Galo também cantou forte na Série C de 2001 e deu sua primeira volta olímpica nacional.

No ano seguinte, o Paulista terminou a Série B em 4º lugar. Naquela época, porém, apenas dois conquistavam o acesso. A maior façanha, contudo, aconteceu em 2005, quando o Paulista calou São Januário e conquistou a inédita Copa do Brasil em cima do Fluminense. No ano seguinte, a cidade de Jundiaí recebeu a Libertadores. Tempos distantes e realidade completamente diferente. Resta saber como o Paulista sairá, talvez, do maior desafio da sua história.