São Paulo - O medo de ataques terroristas não afastou os torcedores dos estádios franceses. A Europa abraçou a Eurocopa. A edição 2016 da Euro foi histórica por causa do título inédito de Portugal e ainda registrou média de 47.790 pagantes, segundo levantamento do Sr. Goool. O público total chegou a 2.437.303 torcedores.

Para se ter uma ideia, seis jogos terminaram com público superior a 70 mil fãs. A melhor marca aconteceu no duelo da anfitriã França contra a Islândia (76.833). A final entre Portugal e França contabilizou público de 75.868 espectadores, o terceiro melhor público do torneio. O segundo foi do confronto entre Itália e Espanha (76.165).

No total, 18 partidas ultrapassaram a marca de 50 mil apaixonados nos estádios franceses. Outra boa notícia foi que nenhum público ficou abaixo de 28 mil pagantes. Só três, aliás, tiveram menos de 30 mil fãs. O pior registro foi do embate entre Rússia e País de Gales (28.840).

Em campo foram 51 confrontos e só 14 empates. Os jogadores anotaram 108 gols. Média modesta de 2,12 tentos por partida. A vice-campeã França teve o melhor ataque (13) e o maior número de vitórias (5). A sensação Islândia, por causa do tropeço ante os franceses (5 a 2), acabou com a pior defesa (9).

Portugal na Euro!
Com o título, Portugal se tornou a primeira seleção a ser campeã da Eurocopa apenas na segunda vez em que esteve na final. Todos os outros nove campeões deram a volta olímpica já na primeira final em que disputaram. Os portugueses perderam a chance do título em 2004, diante da torcida, ao cair ante a Grécia. Agora, em roteiro parecido, os gajos foram os algozes dos anfitriões franceses.

França, aliás, que ficou sem o aproveitamento de 100% em decisões e ainda desperdiçou a chance de igualar os recordistas de título Alemanha (1972, 1980 e 1996) e Espanha (1964, 2008 e 2012). A França ostenta as conquistas de 1984, em casa, e 2000. Já Portugal se junta a Rússia, antiga União Soviética (1960), Itália (1968), República Tcheca, antiga Tchecoslováquia (1976), Holanda (1988), Dinamarca (1992) e Grécia (2004) - todos com uma conquista cada.

Portugal não teve vida fácil ao longo do torneio. Para se ter uma ideia, os portugueses se classificaram ao mata-mata sem nenhuma vitória e com três empates. Nas oitavas de final, a classificação ante a Croácia só foi obtida na prorrogação (1 a 0). Já nas quartas, a Polônia caiu apenas nos pênaltis (5 a 3). A única vitória no tempo normal foi ante País de Gales na semifinal (2 a 0). Foram três triunfos, sendo o da final apenas na prorrogação, e quatro empates, além de nove gols a favor e cinco contra. Aproveitamento modesto de 62%.