São Paulo - O Palmeiras entrou em rota de colisão com a Federação Paulista de Futebol (FPF) desde a final do Estadual. Mas ainda assim, o Verdão segue sendo o maior doador da entidade do presidente Reinaldo Carneiro Bastos. A FPF, com a anuência dos clubes, toma dos seus filiados, a cada jogo, 5% da renda bruta e mais 2% do tal fundo de valorização e desenvolvimento. Como a taxa é em cima da arrecadação da venda de ingressos, a entidade paulista sempre ganha. E ao longo dos 121 jogos, o montante chegou a incríveis R$ 3.390.029,75, segundo levantamento do Sr. Goool.

Tal valor supera a renda líquida de 14 dos 16 participantes do Paulistão 2018. A renda da FPF só perde para Palmeiras (R$ 11.534.434,56) e Corinthians (R$ 9.188.099,12). Os finalistas do Estadual, aliás, foram obrigados a repassar à FPF nada menos do que R$ 2.213.908,22. E tem mais! Como o desafeto Palmeiras é aquele com a maior receita, acaba sendo também o maior doador da entidade paulista.

Só o vice-campeão desembolsou à FPF a bagatela de R$ 1.258.207,07. Para se ter uma ideia, o Palmeiras repassou mais do que 12 clubes ganharam ao longo de todo o Paulistão. A Ponte Preta, por exemplo, foi campeã do interior, mas deixou a competição com saldo negativo de R$ - 7.860,92. E nem mesmo os clubes com déficits escapam da caixinha da FPF.

Como os valores são retirados da renda bruta, a Macaca perdeu R$ 23.527,35. Dono do maior rombo do Paulistão, o São Caetano teve que dar R$ 35.408,80 a sua entidade. Entre os clubes do interior, o Botafogo obteve a maior receita, mas o montante de R$ 1.172.471,42 é inferior ao valor tirado da FPF do seu filiado Palmeiras. Enquanto isso, Maurício Galiotte se contenta em não participar da festa de encerramento do Paulistão.