São Paulo - O Guarani começou a temporada de forma turbulenta após ser surpreendido com a demissão de Fernando Diniz, que aceitou proposta do Atlético Paranaense. A diretoria optou por efetivar Umberto Louzer, "marinheiro de primeira viagem". Após sobe e desce ao longo das rodadas, o Bugre se estabilizou e faz boa campanha na Série A2 do Campeonato Paulista. Em oito rodadas, o clube do interior aparece na vice-liderança a três pontos do líder. Um fato, no entanto, nunca mudou. A presença da torcida sempre foi constante no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. Tanto é verdade que o clube paulista supera a média de rivais das Séries A, B e C do Brasileirão.

Mesmo estando na Série A2 (equivalente a 2ª divisão), o Guarani ostenta média de 3.223 pagantes. Em cinco partidas, o líder do ranking do segundo escalão paulista acumula público total de 16.114 torcedores. O XV de Piracicaba, vice-líder do ranking, tem média bem abaixo do Bugre (2.324). Pior faz o São Bernardo, líder em campo, mas no 12º lugar nas arquibancadas (751).

Sem falar que os dois maiores públicos da divisão são do Guarani. A melhor marca foi obtida durante o triunfo sobre o Taubaté, por 2 a 1, no último sábado. Os 4.672 espectadores, porém, ainda precisam ser confirmados na divulgação do borderô oficial da partida. A princípio, a maior marca ocorreu ante o XV de Piracicaba (3.927).

Não se engane...
Se ao ler as primeiras linhas deste texto você não se surpreendeu com a média de 3.223 fãs, não se engane. Há clubes na elite estadual em situação bem pior. Veja o caso dos cariocas. O Fluminense, está na elite estadual e na Série A do Brasileirão, mas apresenta média de apenas 2.974 aficionados. O Vasco, com as mesmas características, não passa de 2.098 testemunhas. O trio pernambucano também perde para o rival de Campinas.

O Sport até lidera o ranking do Estadual de Pernambuco, mas com média de 3.008 rubro-negros. O Santa Cruz para em 2.159 tricolores, enquanto o Náutico sequer chega a mil alvirrubros (972). Campeão do 1º turno do Estadual Potiguar, o ABC também não é páreo para o Guarani (1.508). Joinville (2.568), Goiás (2.477), Criciúma (2.314), Juventude (2.100), América Mineiro (1.947) e Atlético Goianiense (884) são outros clubes das divisões nacionais que ficam abaixo do Bugre.

Mas a vitória mais comemorada pelo lado alviverde de Campinas é sobre a eterna rival Ponte Preta. A Macaca, mesmo na Série A1 do Paulistão e jogado contra os principais clubes do estado, perde nas arquibancadas para o Guarani. A Ponte Preta amarga a modesta 11ª colocação no ranking da elite com média de 3.113 pagantes.

A força nas arquibancadas é vista em campo. Das cinco vitórias, o Guarani obteve quatro em casa. A campanha do Bugre ainda tem três derrotas (uma como mandante e duas como visitante), além de 15 gols a favor (melhor ataque) e nove tomados. Aproveitamento de 62,5%. O próximo desafio será contra o lanterna Osasco Audax no sábado, às 17 horas, no Estádio José Liberatti Rochdale, em Osasco, pela 9ª rodada da Série A2 Paulista.