São Paulo - A Seleção Mexicana, mesmo sem título mundial, chegou a dar certa dor de cabeça ao Brasil em algumas ocasiões. Nada que diminuísse, historicamente, a superioridade dos brasileiros. Mas por conta dos tropeços do Brasil diante dos mexicanos, o temor de enfrentar um clube do México é sempre lembrado durante o Mundial de Clubes.

Em 2013 não foi diferente, ainda mais quando o mexicano Monterrey caiu na chave do Atlético Mineiro. O Monterrey, porém, só enfrentará o Galo se passar, neste sábado, às 17h30 (horário de Brasília, em Agadir, no Marrocos, pelo Raja - que representa o país-sede.

E mesmo assim, os atleticanos não têm o que temer. Os mexicanos jamais disputaram uma final de Mundial de Clubes. De 2000 para cá, apenas em 2005 o México não contou com representante no torneio. Sem falar que, em 2007, o Pachuca nem chegou a enfrentar sul-americanos ou europeus. O clube mexicano caiu já nas quartas-de-final diante do Etoile du Sahel, da Tunísia.

Em 2010, o desastre se repetiu quando o Pachuca foi eliminado pelo Mazembe, da República Democrática do Congo, nas quartas-de-final. No ano seguinte, foi a vez do Monterrey parar no primeiro mata-mata ao ser eliminado pelo japonês Kashiwa Reysol. Nos outros anos, porém, houve duelos entre mexicanos e sul-americanos ou europeus. Nada que assustasse.

Uma só!
No primeiro Mundial organizado pela FIFA, em 2000, a competição tinha uma fase de grupos. O Necaxa empatou com o Manchester United (1 a 1) e perdeu para o Vasco (2 a 1). Mesmo assim, o Necaxa pode se orgulhar de ser o responsável pela única alegria dos mexicanos. O clube bateu o Real Madrid, nos pênaltis, durante a decisão do 3º lugar.

Nas outras situações, porém, os europeus acabaram com os representantes do México. Em 2006, o Barcelona meteu 3 a 0 no América. O mesmo Barcelona não deu chances ao Atlante, em 2009, ao fazer 3 a 1. Em 2012, o Chelsea eliminou o Monterrey, por 3 a 1.

Antes, em 2008, o Pachuca defendeu as cores do México diante da LDU, que representava a América do Sul. Mas o saldo foi negativo para os mexicanos. Vitória dos equatorianos, por 2 a 0, e vaga na final do Mundial de Clubes.

Até hoje, apenas uma vez a decisão do torneio não contou com clubes da América do Sul e Europa. Em 2010, o africano Manzembe, após eliminar os mexicanos do Pachuca, também passou pelo Internacional. Na final, porém, a Internazionale, da Itália, ficou com o título ao vencer, pro 3 a 0.

Na atual temporada, se o sul-americano Atlético Mineiro pegará Raja ou Monterrey, o europeu Bayner de Munique enfrentará o vencedor de Guangzhou Evergrande, da China, e Al Ahly, do Egito.