Rio Grande do Sul - Não é apenas força de expressão quando dizemos que o que acontece fora das quatro linhas reflete dentro de campo. Uma prova disso é o Juventude, que está com um pé na Série B do Brasileiro.

Depois de bater na trave no ano passado, o time gaúcho abusou da falta de organização e depende de um milagre para não cair no Brasileirão. Faltando sete rodadas e na lanterna, o Juventude tem 20 pontos, 13 a menos que o Ceará, primeiro fora da zona de rebaixamento.

Para se ter uma ideia, o número de vitórias do Juventude no campeonato é o mesmo da troca de treinadores: três. A própria diretoria assimilou o golpe e vai terminar o Brasileirão com o auxiliar Lucas Zanella fazendo a função de forma interina.

O Juventude, que passou sufoco também no Campeonato Gaúcho, começou o Brasileirão com Eduardo Baptista. O ex-treinador de Palmeiras, Fluminense, Ponte Preta e Sport deixou o cargo em junho depois de duas vitórias, quatro empates e sete derrotas.

Dois dias depois da demissão de Eduardo Baptista, a diretoria alviverde anunciou Umberto Louzer, que ficou pouco mais de três meses no Alfredo Jaconi. Sob seu comando, o Juventude teve apenas 18,75% de aproveitamento. Foram nove derrotas, seis empates e uma vitória.

Na lanterna e com chances mínimas de escapar do rebaixamento, o Juventude decidiu terminar o campeonato com o auxiliar Lucas Zanella, que comandou o time no empate por 2 a 2 com o Corinthians, no Alfredo Jaconi, e na goleada sofrida para o Santos, por 4 a 1, na Vila Belmiro.

Neste domingo, o Juventude busca a reabilitação diante do também desesperado Atlético-GO, às 18 horas (horário de Brasília), no Alfredo Jaconi, pela 32ª rodada do Brasileirão.