São Paulo - Não! Não será desta vez que teremos um ponto final no eterno debate sobre a fórmula de disputa dos campeonatos: mata-mata ou pontos corridos. O que temos, neste momento, é mais um fato para ajudar nos argumentos dos apaixonados por futebol. E a notícia não é nada boa para os defensores do mata-mata. Copa do Brasil e Copa Sul-americana foram esnobadas pelos torcedores neste meio de semana. Os públicos foram decepcionantes.
A Copa do Brasil já está nas oitavas de final e conta com os principais clubes do país, inclusive, aqueles que disputaram a Libertadores, mas nem isso foi capaz de encher as arquibancadas. O Atlético Mineiro, por exemplo, teve o maior público da rodada com 15.493 pagantes. Esta marca estaria boa se o jogo contra a Ponte Preta tivesse sido disputado no Independência. Mas a partida aconteceu no Mineirão com capacidade superior a 60 mil pessoas.E o que dizer do São Paulo? O Tricolor já levou mais de 50 mil apaixonados ao Morumbi, desta vez, contudo, decepcionou seus 6.643 espectadores durante a derrota, por 2 a 1, para o Juventude. O clube paulista teve o segundo pior público das oitavas de final, a frente apenas do Santos (6.130). Resultado: os quatro jogos que abriram as oitavas de final da Copa do Brasil registraram média de 10.642 testemunhas e total inferior a 50 mil fãs (42.566).
Enquanto isso, apenas dois dos oito grupos não terão nenhum vencedor
Leia a notícia completaFigueirense e Flamengo também realizaram outro jogo de Série A e o público foi de 5.119 pagantes. A segunda pior marca, porém, ocorreu no embate entre Vitória e Coritiba, também clubes da elite, 3.537 torcedores. Já o Cuiabá venceu a Chapecoense sob os olhares do menor público da Copa Sul-americana (1.163). Há clube que deixa de participar da Copa do Brasil para atuar na Copa Sul-americana. O resultado é este visto nas arquibancadas. A média das quatro partidas foi de 3.834 espectadores e total de 15.336 torcedores.
O torcedor brasileiro está cada vez mais virtual. Torcer pelas redes sociais é a nova mania do ainda intitulado país do futebol. Sim! As desculpas logo aparecerão: chuva, frio, sol (mesmo os jogos sendo à noite), ingresso caro, violência, estádios em má conservação, times fracos, horário... E assim caminha o país atual campeão olímpico.