Pará - A edição inaugural da Série A2 do Campeonato Brasileiro de futebol feminino já tem dono. O Pinheirense fez história mesmo com a derrota, por 1 a 0, para a Portuguesa, nesta quarta-feira, no Estádio da Curuzu, em Belém. As paraenses haviam vencido o jogo de ida, por 2 a 1, em São Paulo, e por ter feito mais tentos na casa da rival, ficaram com o título. As meninas do General da Vila também terão seus nomes eternamente gravados no futebol paraense e nortista. Afinal, o Pinheirense dá uma diversificada à categoria que acumula campeões do Sudeste, principalmente, de São Paulo.

Houve apenas três exceções antes do Pinheirense. O MS/Saad, do Mato Grosso do Sul, foi o primeiro campeão da Copa do Brasil em 2007. Quatro anos depois, as paranaenses do Foz Cataratas conquistaram o mesmo torneio. O Kindermann, de Santa Catarina, também ganhou a Copa do Brasil em 2015. A regra, no entanto, tem o Sudeste como grande vencedor.

Santos (2), São José (2), Duque de Caxias (1), Ferroviária (1) e Corinthians (1) faturaram a Copa BR. As Sereias da Vila, aliás, são as atuais campeãs do Brasileirão Feminino. O Santos ainda tem dois títulos da Libertadores, um a menos do que o São José e um a mais do que a Ferroviária - todos paulistas. No Brasileirão Feminino, Centro Olímpico, Ferroviária e Rio Preto fizeram a festa para São Paulo, enquanto o Flamengo festejou para o Rio de Janeiro.

O Pinheirense acabou até mesmo com a seca paraense no masculino. O último título do estado nas divisões do Brasileirão havia sido em 2009, quando o São Raimundo conquistou a edição inicial da Série D. Quatro anos antes, o Remo levou o troféu da Série C. Já o Paysandu, o outro grande do estado, venceu a Série B em 2001.

Campeão invicto!
Líder no Grupo 1 e com a segunda melhor campanha da Primeira Fase - atrás apenas da Portuguesa -, o Pinheirense chegou à final ao eliminar o Caucaia com duas vitórias na semifinal, sendo que em casa fez 6 a 0. O título foi obtido com oito vitórias (quatro em casa e quatro fora), dois empates (um como mandante e outro como visitante) e uma derrota ao lado da torcida, além de 34 gols a favor (melhor ataque) e só sete contra. Aproveitamento de 78,8%.

O General da Vila havia disputado todas as edições da elite no Brasileirão Feminino, mas sem sucesso. Nas últimas duas temporadas, aliás, as paraenses haviam sido eliminadas sem vitória. No ano passado foram dois empates e duas derrotas. Em 2015, o Pinheirense teve um empate e três derrotas. Já em 2014 foram quatro triunfos, um empate e cinco derrotas. Na primeira edição do Brasileirão Feminino, o Pinheirense obteve duas vitórias, um empate e uma derrota.

O Pinheirense, assim como a Portuguesa, já tinha conquistado o acesso à Série A1 do Brasileirão Feminino. A dupla pegará as vagas dos rebaixados Grêmio e Vitória. A primeira edição do Brasileirão Feminino Série A2 registrou 62 jogos com 35 vitórias dos mandantes, 18 triunfos dos visitantes e apenas nove empates. Aconteceram 198 gols, sendo 127 dos donos da casa e 71 dos visitantes. Média alta de 3,19 tentos por partida. A vitória dos mandantes, por 1 a 0, foi o resultado mais repetido - seis vezes.