Santa Catarina - Saudade! Palavra que não existe em mais nenhum outro idioma. Mas o sentimento é universal. Ausência do pai, irmão, marido, amigo, ídolo, saudade eterna dos heróis que partiram após a tragédia com o voo da La Mia. Acidente que completa um ano neste 29 de novembro e que deixou 71 famílias, em sua maioria, da delegação da Chapecoense de luto. Dor que não passa. Saudade que não acaba. "Nas alegrias e nas horas mais difíceis...", como homenageou o clube catarinense nesta quarta-feira. E 2017 foi cheio para a Chape.
O clube e seus torcedores puderam comemorar a volta de Alan Ruschel aos gramados. O jogador, aliás, marcou um gol de pênalti durante a derrota em amistoso para a Roma, por 4 a 1, no Estádio Olímpico, na capital italiana. O zagueiro Neto também se prepara para voltar aos gramados. Até mesmo o goleiro Jakson Follmann chegou a treinar com bola. O ex-jogador virou embaixador da Chapecoense.
A Chapecoense, logo em sua primeira competição na atual temporada, voltou sorrir. O Verdão foi campeão do Estadual Catarinense ao superar o Avaí. Sem falar que a Chape pôde, enfim, encarar o Atlético Nacional, adversário da final da Sul-americana. O jogo não aconteceu por causa da queda do avião e os colombianos abriram mão do título.
Reencontro!
Na final da Recopa Sul-americana, a Chapecoense venceu o "co-irmão" na Arena Condá, por 2 a 1, mas ficou com o vice ao ser derrotada, por 4 a 1, em Medellín. A Copa Suruga também ficou no "quase" após os brasileiros perderem no final para o japonês Urawa Red, por 1 a 0. A Chapecoense ainda disputou a Copa do Brasil, Copa da Primeira Liga, Libertadores e Sul-americana.
No Brasileirão, a Chapecoense encerrará sua participação no domingo, às 17 horas, contra o Coritiba na Arena Condá, em Chapecó. A Chape viveu altos e baixos na Série A. Líder na 3ª e 4ª rodadas, o Verdão também passou pela zona de rebaixamento na 20ª, 22ª e 23ª rodadas. Hoje, porém, o clube catarinense luta pela zona da Libertadores. A Chapecoense ocupa a 9ª colocação com 51 pontos, dois a menos do que o G7, sendo que há chances das vagas aumentarem em caso de títulos de Grêmio e Flamengo na Libertadores e Sul-americana, respectivamente.
Mesmo com tamanha maratona de jogos e em uma das temporadas mais desafiadoras da sua jovem história de 44 anos, a Chapecoense sempre contou com seu torcedor. Virou hábito aplaudir os 71 heróis no 71º minuto dos jogos. Em casa, o clube de Chapecó ostenta média de 9.168 pagantes. Os 37 duelos do Verdão como mandante ainda contaram com 339.211 torcedores. Destaque para a final contra o Atlético Nacional (19.005). No Brasileirão, o maior público aconteceu contra o campeão Corinthians (15.084).
Quarta-feira de homenagens, de relembrar dos entes queridos, chorar e abraçar o próximo para tentar diminuir um pouco a saudade. O grito dos torcedores do Atlético Nacional segue ecoando na Colômbia, em Chapecó e no mundo da bola: "Que lo escuchen / En todo el continente / Siempre recordaremos / Campeon al Chapecoense".Em compensação, nas outras 11 vezes em que os brasileiros saíram na frente pelo mata-mata, confirmaram a vantagem
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Comissão Técnica: Luiz Cesar, Sérgio Luís, Anderson Donizette, Adriano Wulff, Cléberson Silva, Caio Júnior, Buião, Duca, Márcio Bestene, Anderson Paixão, Pipe Grohs e Rafael Correa;
Dirigentes: Chinho di Domenico, Cadu Preuss, Mauro Stumpf, Sandro Luiz Pallaoro, Nilson Folle, Decio Burtet, Jandir Bordignon, Mauro Dal Bello, Edir Féliz, Ricardo Porto e Delfim Peixoto;
Convidado: Daví Barela;
Jornalistas: Giba Pace Thomaz, Victorino Chermont, Guilherme Marques, Ari Júnior, Guilherme Van der Laars, Giovane Klein, Bruno Mauri, Djalma Neto, André Podiacki, Laion Espíndola, Rodrigo Santana, Deva Pascovicci, Jumelo Pereira, Paulo Júlio Clement, Mário Sérgio, Renan Agnolin, Fernando Doesse, Picolé, Gelson Galiotto, Douglas Dorneles e Jacir Biavatti;
Tripulação: Miguel Quiroga, Ovar Goytia, Sisy Arias, Rommel Vacaflores, Alex Quispe, Gustavo Encina e Angel Lugo.