Santa Catarina - Chapecoense e Atlético Nacional, enfim, ficaram frente a frente em uma decisão sul-americana. O duelo de ida pela Recopa Sul-americana foi movimentado e teve vitória dos brasileiros, por 2 a 1, na Arena Condá, em Chapecó, que recebeu quase 20 mil torcedores. De acordo com o levantamento do Sr. Goool, a Chape - não só pelo resultado - ficou com uma mão na taça. Afinal, em apenas duas oportunidades, o vencedor do primeiro embate não ficou com o título. O duelo de volta será em Medellín, em 10 de maio.

Estas duas viradas foram do Internacional após título na Libertadores. Em 2006, o Colorado perdeu para o Pachuca, por 2 a 1, no México, mas garantiu o título com os 4 a 0 no Beira-Rio. Já em 2011 a virada foi em cima do Independiente. O clube argentino triunfou em casa (2 a 1), mas amargou o vice-campeonato com a derrota em Porto Alegre, por 3 a 1.

Nas outras dez oportunidades em que houve um vencedor no duelo de ida, este clube fez valer a vantagem para dar a volta olímpica. Exemplos brasileiros não faltam ao Verdão do Oeste. O Cruzeiro, em 1998, bateu o River Plate em casa e fora. O Corinthians também foi campeão com duas vitórias e em cima do rival São Paulo, em 2013. O Atlético Mineiro, por sua vez, despachou o Lanús com dois triunfos em 2014.

Mas calma...
Ainda assim, a Chapecoense precisa tomar cuidado. O histórico recente da Recopa dá ânimo ao Atlético Nacional. Ainda segundo levantamento do Sr. Goool, nas últimas 12 decisões, os mandantes do duelo final ficaram com o título oito vezes. O Sr. Goool levou em conta as edições a partir de 2005, quando a Recopa passou a ter partidas de ida e volta. Entre todas estas finais, apenas em 2012 e 2016 houve empate no confronto de ida. Se oito clubes foram campeões em casa, quatro fizeram a festa longe da torcida.

Os brasileiros são os recordistas de conquistas na Recopa Sul-americana, dez ao todo. A Chape quer entrar para a lista de sete campeões brasileiros no torneio. O Atlético Nacional, por sua vez, tentará o primeiro título da Colômbia. O clube de Medellín já disputou a Recopa e amargou o vice-campeonato, em 1990, contra o Boca Juniors. A Colômbia tem três vices. O Once Caldas, em 2005, também perdeu para o Boca. O tropeço do Santa Fe, por sua vez, na temporada passada foi ante o River Plate.

Campeões!
Hoje, o torneio conta com nove títulos do Brasil, oito da Argentina, dois do Equador e do Paraguai, além de uma conquista de Chile, Peru e Uruguai. Se o Boca Juniors é o recordista de títulos da Recopa Sul-americana com quatro voltas olímpicas, Internacional, LDU, Olímpia, São Paulo e, agora, River Plate somam duas cada. Já Atlético Mineiro, Corinthians, Santos, Cienciano, Cruzeiro, Vélez Sarsfield, Grêmio, Independiente, Colo-Colo e Nacional-URU têm um título cada.

História!

A Recopa surgiu em 1989 com duelos entre os campeões da Libertadores e da Supercopa. Em 1991, o Olímpia venceu as duas competições e foi declarado campeão da Recopa. Mas o mesmo não aconteceu com o São Paulo em 1993. A CONMEBOL indicou o Botafogo - campeão da Copa CONMEBOL - para enfrentar o Tricolor paulista que seria campeão da Recopa. O torneio ficou sem ser disputado entre 1999 e 2002. Com a criação da Copa Sul-americana, a Recopa voltou com tudo em 2003.

Desde a criação da Copa Sul-americana, em 2002, houve 14 confrontos entre os campeões da América do Sul. Os vencedores da Libertadores conquistaram nove vezes a Recopa, contra cinco dos campeões da Copa Sul-americana. A vantagem da Libertadores também é vista se for levado em conta todos os duelos da Recopa.

Entre 1989 e 1998, a CONMEBOL tinha a Supercopa. Juntando os campeões da Supercopa e da Copa Sul-americana são 24 edições da Recopa, com 16 vitórias dos campeões da Libertadores e oito dos outros dois torneios.