São Paulo - Se o Campeonato Brasileiro da Série A criasse um tutorial teria dois itens obrigatórios: aprenda a ganhar dinheiro com os paulistas e não perca renda como os cariocas. A situação dos dois estados não poderia ser mais contrastante. Os clubes de São Paulo lideram o ranking de arrecadação e ainda ostentam as maiores rendas líquidas da edição 2017, enquanto os representantes do Rio de Janeiro acumulam déficits e têm os dez jogos com os maiores rombos do Brasileirão, segundo levantamento do Sr. Goool.

O Palmeiras, em campo, não se encontrou na atual temporada. Não por acaso, demitiu o técnico Cuca, campeão brasileiro. Ainda assim, o Verdão dá exemplo fora das quatro linhas. O Alviverde é o único que já terminou um jogo com renda superior a R$ 2 milhões. E isso aconteceu três vezes. A maior foi vista no clássico ante o Santos (R$ 2.096.832,96). De milhões em milhões, o Palmeiras ostenta nada menos do que R$ 17.515.290,59. Tal montante só fica atrás da renda do rival Corinthians.

O líder do Brasileirão aproveita a boa fase para também faturar. Em 14 jogos na Arena Corinthians a arrecadação alvinegro já bate na casa dos R$ 18.317.703,91. Das 21 maiores rendas líquidas do Brasileirão, o Corinthians foi responsável por dez, sendo a melhor ante o Flamengo (R$ 1.849.171,72). A única renda do Top 21 com clube fora de São Paulo não ficou completamente órfã dos paulistas. O Grêmio recebeu o Timão e obteve a 6ª maior arrecadação da Série A (R$ 1.759.241,71).

Entre as outras rendas, nove são do Palmeiras, enquanto o São Paulo marca presença com a arrecadação no clássico diante do Corinthians (R$ 1.243.646,92). O Tricolor paulista, por sinal, ocupa a 4ª posição no ranking de renda líquida (R$ 7.791.100,41). Santos (R$ 2.563.857,65) e, principalmente, Ponte Preta (R$ -28.125,95), por outro lado, destoam dos clubes do estado.

Rombo carioca!
Mas ainda assim, os paulistas estão bem a frente dos cariocas. O Rio de Janeiro, para se ter uma ideia, apresenta os dez maiores rombos de todo o Brasileirão. O Fluminense é o responsável pelos sete piores, sendo a maior dívida de R$ -360.961,58. Mas todos os clubes da Cidade Maravilhosa, ao menos uma vez, pagaram para entrar em campo. Tanto é verdade que os cariocas têm 16 dos 21 déficits do Nacional.

Prova disso é a situação do Fluminense. O time do técnico Abel Braga briga contra o rebaixamento e para piorar foi esquecido por grande parte da torcida. Como se tudo isso não bastasse, o Tricolor insiste em atuar do gigantesco Maracanã e, consequentemente, colhe públicos ínfimos. Logo, o Fluminense não arrecada e acumula a pior renda de todo o Brasileirão. Em 13 jogos, o déficit tricolor já está em R$ -1.825.754,76.

A cada partida, o Flu é obrigado a pagar, em média, R$ - 140.442,67. Quer mais? Só contra o Flamengo (R$ 266.897,87) e contra o Atlético Goianiense (R$ 54.654,32), o Tricolor das Laranjeiras saiu de campo no azul. Enquanto isso, a aula do Botafogo pode não ser perfeita como a do Fluminense em relação a perder dinheiro, mas o Glorioso também não sabe como ganhá-lo.

O Nilton Santos não tem gerado receita ao Alvinegro. Em 14 jogos ao lado da torcida, o Bota embolsou míseros R$ 111.519,30. Detalhe: o Botafogo está no G7 e briga por uma vaga na Libertadores, mas mesmo assim saiu de campo sete vezes no vermelho. Vasco (R$ 1.499.288,18) e Flamengo (R$ 2.691.312,07) até ostentam rendas milionárias, mas estão bem longe dos paulistas. Quer ganhar dinheiro? Você já sabe quem seguir!