Bahia - Bahia, Cruzeiro e Ponte Preta, no último domingo, venceram pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Apesar da semelhança dos triunfos em casa, o trio é bem diferente em campo e nas arquibancadas, como mostrará o Sr. Goool. O Tricolor baiano atropelou o Vasco, por 3 a 0, diante de 21.681 pagantes na Arena Fonte Nova, em Salvador. Essa não foi a primeira vez que a torcida mostrou que o Esquadrão não estará só na luta contra o rebaixamento.

O triunfo até deu um respiro, mas o Bahia segue na briga contra o descenso. O Tricolor soma apenas 26 pontos, quatro a mais do que a zona de rebaixamento. Em casa, o Bahia obteve 17 pontos, ou 65,4% do total. A torcida tem grande parcela nesta recuperação baiana. Os tricolores entenderam o atual momento vivido pelo Esquadrão e têm participado ativamente.

Não por acaso, o Bahia ocupa a 5ª posição no ranking de público do Brasileirão com média de 18.981 apaixonados. Os nordestinos, aliás, estão um degrau acima do Flamengo, conhecido por ter a maior torcida do país (15.937). O mesmo recado, contudo, não foi entendido pela torcida da Ponte Preta que vê crescer cada vez mais o espaço em branco nas arquibancadas do Moisés Lucarelli, em Campinas.

Cadê a torcida?
A Macaca vive situação parecida a do Bahia, mas sua torcida - com raras exceções - já jogou a toalha. A Ponte Preta amarga a lanterna do ranking de público com média de 4.407 testemunhas. O clube paulista perde até mesmo para o Atlético Goianiense, pior participante da Série A (4.508). Na importante vitória sobre o Botafogo, por 2 a 1, a Ponte Preta levou 2.933 gatos pingados ao Majestoso, menor público da rodada.

Detalhe: a Ponte Preta tem a terceira maior pontuação como mandante da Série A - atrás só de Corinthians (24) e Santos (23). O time de Campinas anotou 20 dos seus 27 pontos em casa. O triunfo ante o Botafogo deixou os paulistas na zona da CONMEBOL Sul-americana. Fora de campo, porém, míseros 44.071 torcedores estiveram nas dez partidas em casa da Macaca. Essa marca chega a ser inferior ao recorde de público do Brasileirão (56.052).

O cenário do Cruzeiro também é curioso. A Raposa entrou no G6 do Brasileirão, mas segue esquecida pelos torcedores. O fato de atuar no espaçoso Mineirão deixa o vazio ainda maior. Os mineiros superaram o Sport, por 2 a 0, e chegaram a 30 pontos, sendo 19 em casa. Nas arquibancadas, porém, a média do Cruzeiro não passa de 14.692 fãs. O Mineirão tem capacidade para 61.846 lugares. Isso equivale a só 23,7%. Na vitória sobre os pernambucanos, o time do técnico Mano Menezes arrastou 7.765 pagantes, público três vezes inferior ao do Bahia, que luta contra a degola. Difícil entender alguns "torcedores".