Distrito Federal - A crise do futebol candango é do tamanho do exorbitante valor para as reformas do Estádio Mané Garrincha. Hoje, o Distrito Federal conta com apenas o Brasiliense nas Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro. O Brasília, que disputou a última divisão nacional, foi eliminado logo na Primeira Fase.
O calvário candango teve dois momentos cruciais vivido por seus principais clubes. Em 2005, o Brasiliense foi rebaixado na Série A - última vez em que o estado contou com um representante na elite nacional. Já o outro momento diz respeito ao Gama, maior vencedor do Estadual com dez títulos. Desde 2011, o Gama não disputa uma das quatro divisões do Brasileirão.
O Periquito, como o Gama é chamado por seus torcedores, esteve na Série A pela última vez em 2002 - antes dos pontos corridos. O clube alviverde transitou pelas Séries B e C até 2010. No ano seguinte amargou a eliminação ainda na Primeira Fase da Série D e jamais voltou.Nem no Campeonato Candango o Gama tem encontrado paz. Campeão pela última vez em 2003, o clube não passou das semifinais do 1º Turno no Estadual 2013. O campeão foi o rival Brasiliense. O Jacaré cresceu na mesma proporção da queda do Gama. Mas no Nacional, o desempenho do Brasiliense também não é animador.
Após ser rebaixado no Brasileirão em 2005, o clube de Taguatinga se segurou na Série B até 2010, quando amargou o descenso. A partir deste momento, a Série C passou a ser referência para o Brasiliense. Na atual edição, o Jacaré briga pela classificação no Grupo A.
O Brasiliense ocupa a 4ª colocação com 21 pontos. Neste domingo, o clube candango terá um duelo de seis pontos contra o Luverdense - 3º colocado, com 23 pontos - no Estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, pela 12ª rodada.
Decepção fora...
A decepção do Distrito Federal não é apenas dentro das quatro linhas. Nas arquibancadas, o estado também passa por uma crise. O Brasiliense, por exemplo, ocupa a modesta 63ª colocação de 101 clubes no ranking de público das Séries A, B, C e D do Brasileirão. O Jacaré tem média de só 1.154 pagantes. Em seis jogos, o público total foi de 6.921.
O Mané Garrincha teve custo de R$ 1,2 bilhão - o mais caro entre todas as obras no quesito. O atual estádio tem capacidade para 70.042 lugares. Como o Brasiliense manda suas partidas no Serejão, em Taguatinga, o Mané Garrincha tem sobrevivido com jogos dos clubes cariocas no Brasileirão.