Rio de Janeiro - Era uma vez... A Copa do Mundo acaba sendo a união dos povos nas arquibancadas. No Brasil, os torcedores sempre escolhem uma seleção - na maioria das vezes, a mais fraca - para torcer. Mas uma camisa rubro-negra dividiu o Rio de Janeiro e abrasileirou o Mundial 2014.
Desde que a Seleção da Alemanha adotou o rubro-negro em sua segunda camisa oficial e afirmou que a inspiração era o Flamengo, ganhou aliados, mas também inimigos. Não por acaso, muitos cariocas gritaram pela França na última sexta-feira, durante o confronto das quartas-de-final.E olha que a França já eliminou o Brasil em Copas do Mundo nas quartas-de-final de 1986 e 2006, além do título de 1998. Ainda assim, botafoguenses, vascaínos e tricolores chegaram ao Maracanã com bandeiras e rostos pintados nas cores da França.
A Alemanha ficou com sua legião de flamenguistas. Os torcedores do Rubro-negro carioca - de fato - vestiram a camisa. Muitos estavam com a camisa rubro-negra da Alemanha e outros tantos com a camisa do Mengão. Apesar da nova rivalidade, nada de confusão. Tudo em clima de Copa do Mundo.
Mas na vitória, por 1 a 0, sobre a França pelas quartas-de-final, a Alemanha usou sua tradicional camisa tradicional, deixando a rubro-negra para as arquibancadas. Se no Rio, a camisa causou discórdia, em São Paulo e Minas Gerais, as cores do rival não alteraram muito a programação das seleções.
O Corinthians, por exemplo, recebeu a Seleção do Irã em seu Centro de Treinamento. Os iranianos chegaram a treinar de verde, cor do maior rival Palmeiras. É verdade que no dia seguinte a este fato, o Irã entrou em campo de azul, mas ninguém assumiu a responsabilidade pela mudança.Já em Minas Gerais, os atleticanos receberam de braços abertos a Seleção da Argentina. A Cidade do Galo, inclusive, foi "pintada" de azul, cor do maior rival Cruzeiro. Nem isso evitou que muitos atleticanos declarassem torcida aos hermanos. Coisas de futebol! Coisas de Copa do Mundo!