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CONMEBOL Libertadores
Em 07 de agosto de 2014 às 10:15

Campeão da Libertadores costuma fazer festa em casa, mas paraguaios sabem silenciar estádios

Duelo decisivo da 55ª edição da Libertadores acontecerá na próxima quarta-feira, em Buenos Aires

Rodolfo Brito São Paulo-SP

São Paulo - Nacional e San Lorenzo, em um Defensores del Chaco lotado, empataram, por 1 a 1, a primeira partida da final da Libertadores. O histórico do torneio mais importante da América do Sul mostra que os campeões costumam fazer a festa em casa. Mas há também o fato de que os paraguaios adoram silenciar estádios rivais.

O duelo decisivo da 55ª edição da Libertadores acontecerá na próxima quarta-feira, às 21h15 (horário de Brasília), no Estádio Pedro Bidegain, em Buenos Aires, agora, com mando de campo do San Lorenzo. Das 54 finais, até aqui, apenas 17 terminaram com a festa do visitante. Sem falar que dos 22 títulos argentinos, só seis foram longe de casa.

 San Lorenzo aposta na força da torcida para manter o bom retrospecto dos mandantes na final da Libertadores!
A última vez foi com Estudiantes que silenciou o Mineirão ao superar o Cruzeiro, em 2009. Desde que a Libertadores adotou o atual formato, em só outras duas oportunidades, o mandante saiu de campo com o vice. Em 2008, a LDU calou o Maracanã perante o Fluminense. Um ano antes, o Boca Juniors passou pelo Grêmio em um Estádio Olímpico incrédulo.

Mas os hermanos também já sentiram o gosto amargo diante do seu torcedor. O Santos fez a festa na La Bombonera diante do Boca Juniors, em 1963. Contra o mesmo adversário, o Olímpia foi campeão em 1979. Naquela vez, como agora, o confronto da final era entre Paraguai e Argentina.

Receita!
Os paraguaios, por sinal, foram três vezes campeões da Libertadores e, nas três vezes, o Olímpia venceu fora de casa. Além de derrotar o Boca, o clube do Paraguai derrotou o Barcelona no Monumental, em Quito, e fez a festa no Pacaembu diante do São Caetano, em 2002.

O primeiro estragar prazer, porém, foi uruguaio. Logo na primeira edição da Libertadores, em 1960, o Peñarol já colocou água no chope do Olímpia, no Manuel Ferreira. Em 1962, o Santos foi campeão em cima do Peñarol no Monumental de Nuñez, na Argentina. Naquela oportunidade, assim como em 1965, a final da Libertadores teve uma terceira partida de desempate. Em 65, o Independiente superou o Peñarol no Estádio Nacional, em Santiago.

San Lorenzo e Nacional jamais haviam chegado à final da Libertadores. Sem falar que os rivais se classificaram com as duas piores colocações na fase de grupos. O Nacional voltou a colocar o Paraguai em duas finais consecutivas, fato que não acontecia desde a sequência entre 1989 e 1991 com o Olímpia. Já o San Lorenzo foi o 9º clube argentino a disputar a final da Libertadores.

Campeões!
A Argentina, com 22 títulos, lidera o ranking de conquistas da Libertadores. O Brasil soma 17, contra oito do Uruguai. Já o Paraguai tem três e a Colômbia aparece com dois. Equador e Chile têm um cada. Em relação aos clubes, a Libertadores tem como maior vencedor o Independiente-ARG - dono de sete títulos -, um a mais que o Boca Juniors-ARG.

Peñarol-URU, com cinco, e Estudiantes-ARG, com quatro, estão a frente de Santos, São Paulo, Olímpia-PAR e Nacional-URU, todos com três. O Internacional tem dois títulos, assim como Cruzeiro, River Plate-ARG e Grêmio. Com uma conquista há Atlético Mineiro - atual campeão -, Corinthians, LDU-EQU, Once Caldas-COL, Palmeiras, Vasco, Vélez Sarsfield-ARG, Colo Colo-CHI, Atlético Nacional-COL, Argentinos Juniors-ARG, Flamengo e Racing Club-ARG.