Corinthians embolsa mais de R$ 22 milhões e tem média duas vezes maior do que vice-líder

São Paulo - O Corinthians, se não fosse o pagamento da Arena, teria um Natal gordo. Mas também se não fosse a Arena, o clube paulista não teria arrecadado um caminhão de dinheiro. De acordo com o levantamento do Sr. Goool, o Corinthians foi o líder de arrecadação na Série A do Campeonato Brasileiro. Para se ter uma noção, o Timão conseguiu mais do que o dobro de renda líquida sobre o 2º colocado. (Clique na imagem abaixo e escolha o menu "renda líquida" para conferir o ranking do Sr. Goool!)

Em 19 partidas como mandante, o Corinthians embolsou inacreditáveis R$ 22.376.804,71. Com este valor daria para custear 30.907 salários mínimos. Hoje, o salário mínimo é de R$ 724,00. A cesta básica, em média, sai por R$ 258,00. Com a fortuna do Corinthians seria possível comprar 86.732 cestas básicas. Comparando com o futebol, a bola do Brasileirão foi vendida por R$ 399,90. Com a arrecadação do Timão, daria para fazer 55.956 garotos felizes com seu presente redondo.

Até mesmo a média de renda líquida do Corinthians foi de outro mundo. O clube paulista fechou o Brasileirão com média de R$ 1.177.726,56. Detalhe: o Corinthians foi vice-líder no ranking de público. Outra coisa, a média de renda líquida do Internacional é inferior a metade do montante alvinegro (R$ 554.425,48). Na temporada passada, o Grêmio terminou com a melhor média de renda líquida e, se comparada com o recorde atual, a grana tricolor seria míseros trocados (R$ 615.154,83). Em 2013, o Corinthians - sem a Arena - arrecadou "apenas" R$ 504.636,95.

De volta ao presente, o Internacional - também com estádio remodelado e utilizado na Copa do Mundo - embolsou R$ 10.534.084,20, contra R$ 10.437.678,30 do rival Grêmio. O Tricolor gaúcho ficou na 3ª colocação com média de R$ 549.351,49. O Palmeiras, mesmo na briga contra o rebaixamento, teve boa arrecadação por causa do novo estádio. O Verdão conseguiu média de R$ 485.245,90, superando o vice-campeão São Paulo (R$ 435.356,24).

Entenda!
O Sr. Goool, neste ranking, só considera o valor líquido, ou seja, aquele que - de fato - vai para o cofre do clube. O Sr. Goool tira todas as despesas, todas as deduções, todas as divisões de rendas com consórcios de Arenas e afins. Em jogos com rendas divididas - para ficar claro ao torcedor internauta -, o Sr. Goool considera o total desta renda líquida para o campeonato e a divisão entra na conta dos clubes. Por exemplo, uma renda líquida de R$ 1 milhão, este valor total vai para as contas da competição. Os R$ 500 mil entram na conta de cada clube. O mesmo acontece com as divisões entre clubes e consórcios de Arenas.

O campeão Cruzeiro, por exemplo, consegue rendas superiores a R$ 1 milhão em jogos no Mineirão. Mas há despesas, deduções de sócio torcedor - assim como para todos os outros clubes - e ainda tem a divisão com a Minas Arena. O que resta para o clube é um valor bem inferior a renda do jogo. E este valor pequeno é que entra na conta do clube e no ranking do Sr. Goool. A renda líquida, na casa dos milhões, vai para a conta do Brasileirão, depois de tirar todas as despesas, o restante fica na conta da Raposa.

Explicado isso, o Cruzeiro terminou no 8º lugar no ranking de renda líquida. Em 19 jogos, o clube abocanhou R$ 3.872.957,75. Média de R$ 203.839,88. A pior média de arrecadação foi do rebaixado Vitória (R$ 54.959,97). Mas o único clube que não embolsou mais de R$ 1 milhão na Série A foi o Atlético Paranaense. O clube rubro-negro realizou quatro jogos com os portões fechados e só arrecadou R$ 986.019,71. Média de R$ 65.734,65.

A arrecadação total da Série A do Brasileirão foi de R$ 124.616.800,67. A média chegou a R$ 332.311,47 - superior a 15 clubes. No ano passado, a média de renda líquida foi de R$ 246.969,92.