São Paulo - O ranking agrupado de renda líquida das Séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro conta com 28 clubes no vermelho. As últimas oito colocações, segundo levantamento do Sr. Goool, são todas de clubes paulistas do segundo, terceiro e quarto escalões nacionais. (Clique na imagem abaixo e escolha a aba "renda líquida" para ter o ranking completo!)
A situação mais dramática é do Bragantino. Em nove partidas como mandante na Série B, o clube de Bragança Paulista acumula déficit de R$ - 145.523,10, o pior desempenho entre os 100 clubes das quatro divisões nacionais. A cada partida, o Braga fica R$ -16.169,23 mais pobre. Mesmo tendo estádio próprio, o Bragantino gasta, em média, R$ 25 mil com despesas do jogo.O Oeste também tem casa própria em Itápolis, mas após desavença com a Prefeitura, o clube levou seus jogos para Osasco. Mas nem isso evitou o acúmulo de dívidas. O Rubro está R$ - 122.040,32 no vermelho. Apenas Bragantino e Oeste já acumulam déficit superior a R$ - 100 mil. Mas a situação dos outros paulistas não é melhor, não.
O Guarani, que já foi campeão brasileiro, mas hoje naufraga na Série C, tem a terceira pior arrecadação do ranking agrupado do Sr. Goool. O Bugre ostenta déficit de R$ - 69,792,50, quase o mesmo valor da dívida do Guaratinguetá (R$ - 69.391,93), também integrante da Série C.
O caos financeiro dos clubes de São Paulo ainda tem Mogi Mirim (R$ - 64.347,37), integrante da Série B, Portuguesa (R$ - 59.926,83), clube da Série C, e a dupla da Série D Red Bull (R$ - 43.387,31) e São Caetano (R$ - 36.961,30). Se a dor de cabeça dos paulistas envolve oito clubes, os problemas do Sudeste tem 11 representantes.
As últimas 11 colocações no ranking de renda líquida são do Sudeste. Além dos paulistas há o mineiro Boa Esporte (R$ - 33.334,89) e os dois do Rio de Janeiro, Madureira (R$ - 23.748,52) e Resende (R$ - 21.107,71). Mas nesta lista de 28 clubes devedores há também representantes do Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.
Dos 100 clubes das Séries A, B, C e D, apenas 41 conseguiram embolsar, ao menos, R$ 100 mil. A lista dos milionários é ainda menor, só 20, sendo 16 da Série A e quatro da Série B. Os afortunados do segundo escalão nacional são Paysandu (R$ 1.961.670,80) - na honrosa 10ª colocação -, Bahia (R$ 1.891.776,74), Santa Cruz (R$ 1.571.049,12) e Náutico (R$ 1.130.784,31).
Para se ter uma ideia, o Corinthians - eterno rival do Palmeiras - arrecadou a metade (R$ 8.392.921,51). Sem falar que, mesmo juntando as rendas líquidas de Grêmio, São Paulo, Sport, Flamengo, Internacional e Fluminense, não daria o montante do Palmeiras.
Em relação as divisões do Brasileirão, a Série A tem acumulado R$ 72.792.757,01. Valor bem a frente da Série B que ostenta arrecadação de R$ 9.627.812,04. O Palmeiras, em dez jogos como mandante, já arrecadou mais de R$ 16 mi, enquanto a Série B, em 190 partidas, não chega a R$ 10 mi. A renda líquida da Série C, por sua vez, é de R$ 1.346.126,89, contra míseros R$ 655.129,25 da Série D.