São Paulo e a relação de amor e ódio para com os rivais brasileiros na Libertadores

São Paulo - Maior vencedor brasileiro na Libertadores, ao lado do Santos, com três títulos, o São Paulo corre risco de ser eliminado ainda na Segunda Fase da competição sul-americana. Um dos motivos para a baixa produção tricolor, fora das quatro linhas, é a estranha relação de amor e ódio do clube para com os rivais brasileiros.

Para começar, o São Paulo não costuma se dar bem na Libertadores quando tem a seu lado no grupo um rival verde e amarelo. Em 2013, o Tricolor - após passar pela Primeira Fase - começou sua caminhada no Grupo 3 com derrota, por 2 a 1, para o Atlético Mineiro - líder, 100% e classificado. O Sampa vai brigar pela segunda vaga com Arsenal-ARG e The Strongest-BOL.

A relação de ódio com os brasucas iniciou em 1978. Naquela oportunidade, como agora, São Paulo e Atlético Mineiro estiveram no mesmo grupo e o Galo levou a melhor. Enquanto o clube de Minas Gerais se classificou na liderança, com dez pontos, o Tricolor paulista amargou a terceira colocação, com cinco pontos, e a eliminação precoce.

Quatro ano depois, o São Paulo também rodou na Primeira Fase. Detalhe: o clube da capital paulista estava no mesmo grupo do Grêmio. Na oportunidade, porém, os dois clubes brasileiros caíram logo de cara. Em 1987, o "algoz" foi o Guarani. É verdade que o Bugre também não se classificou, mas ajudou com a "zica" e a eliminação tricolor ainda na Primeira Fase. Na oportunidade, o São Paulo amargou a lanterna do grupo.

Mau agouro!
O problema do São Paulo com os rivais brasileiros parecia ter sido controlado a partir de 1992 - ano do primeiro título tricolor na Libertadores (Veremos mais a seguir!). Mas a "zica" voltou com tudo em 2006, justamente uma temporada após o tri na competição sul-americana.

Antes de perder o título para o Internacional, o São Paulo ainda mostrou sua força ao eliminar o Palmeiras nas oitavas-de-final. Mas o ódio aos rivais brasileiros foi maior. Em 2007, o algoz paulista foi o Grêmio nas oitavas-de-final. O São Paulo também caiu nas quartas-de-final, em 2008, quando foi eliminado pelo Fluminense.

A temporada de 2009 não foi bem digerida pelos tricolores. O São Paulo foi eliminado pelo Cruzeiro nas quartas-de-final. O time mineiro levou o troco, em 2010, quando foi eliminado nas quartas-de-final. Mas o São Paulo, na oportunidade, caiu fora da Libertadores pelos pés do Internacional, na semifinal.

Amor!

O torcedor do São Paulo, porém, não tem apenas más lembranças dos brasileiros. Pelo contrário! Ainda mais quando se trata do rival Palmeiras. Nesse caso, são os palmeirenses que têm ódio mortal ao São Paulo. Tudo começou em 1974, na segunda participação tricolor na Libertadores. O Sampa estava no mesmo grupo do Verdão e se classificou para a próxima fase, enquanto o Alviverde rodou logo de cara.

Ainda na fase de grupos, mas em 1992, o São Paulo caiu ao lado do Criciúma. Os dois brasileiros se classificaram, assim como o Bolívar. O São Paulo ficou na vice-liderança, atrás do rival catarinense. Mas nas quartas-de-final, o clube paulista deu o troco e eliminou o Tigre.

E neste momento começa uma saborosa coincidência para os torcedores do São Paulo. Em 1992, o Tricolor sagrou-se campeão. O mesmo aconteceu em 93. E novamente, o São Paulo eliminou um rival brasileiro no mata-mata. A vítima foi o Flamengo que caiu nas quartas. O vice-campeonato em 1994 foi conquistado após eliminar o Palmeiras nas oitavas-de-final. Por fim, no último título tricolor na Libertadores, em 2005, o São Paulo passou pelo Palmeiras nas oitavas e foi campeão em cima do Atlético Paranaense.

Confira o desempenho do São Paulo na Libertadores:

1972 (semifinais)

1974 (vice-campeão)

1978 (primeira fase)

1982 (primeira fase)

1987 (primeira fase)

1992 (campeão)

1993 (campeão)

1994 (vice-campeão)

2004 (semifinais)

2005 (campeão)

2006 (vice-campeão)

2007 (oitavas-de-final)

2008 (quartas-de-final)

2009 (quartas-de-final)

2010 (semifinais)