Rio de Janeiro - "Não tem problema. O jogador do Palmeiras (Gabriel Jesus) jogou na Seleção (6 de setembro) e no dia seguinte (pelo Palmeiras). Eles (arbitragem) são bem preparados". Foi desta forma que Sérgio Corrêa, presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), justificou ao Sr. Goool a maratona que alguns profissionais da arbitragem enfrentarão neste meio de semana durante as rodadas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro.
A maratona dela começará em Curitiba no confronto entre Paraná e Vila Nova no Estádio Durival Britto e Silva, na terça-feira, às 19h15. Na quinta-feira, às 19h30, Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo estará no Estádio Independência, em Belo Horizonte, para o embate entre Atlético Mineiro e Sport. São 997 km de distância e dez horas de viagem de carro ou duas horas de avião.
E as distâncias poderão ser ainda maiores. Afinal, Emerson Sobral é do quadro de Pernambuco, enquanto Tatiane Camargo está integrada no quadro de São Paulo. Há as viagens destas cidades até os locais das primeiras partidas da semana. Já a maratona do gaúcho Luís Teixeira Rocha será maior na distância, mas de intensidade menor. O árbitro apitará CRB e Avaí no Rei Pelé, em Maceió, na terça-feira, às 19h15, pela Série B. Na quinta, às 21 horas, ele será o 4º árbitro de Inter e Vitória pelo Brasileirão.
Justificado?
Sérgio Corrêa usou o atacante palmeirense Gabriel Jesus como exemplo para justificar a maratona da arbitragem. Mas há pontos que merecem ser esclarecidos. O jovem jogador atuou 88 minutos na vitória da Seleção Brasileira, por 2 a 1, sobre a Colômbia, em Manaus, na terça-feira, 6 de setembro, pela Eliminatória Sul-americana. No dia seguinte, ele já estava de volta aos gramados para defender o Palmeiras contra o São Paulo. Gabriel Jesus ficou em campo por 40 minutos.
A viagem de 40 minutos entre Manaus e São Paulo foi feita de jatinho fretado pelo clube. Mas isso, evidentemente, não acontecerá com a arbitragem. Sem falar que Gabriel Jesus tem um staff bem maior, com direito a cuidados que superam e muito a estrutura oferecida pela CBF aos profissionais de arbitragem.
Mesmo com tantos cuidados em cima de Gabriel Jesus, que virou justificativa para Sérgio Corrêa, o jogador sofreu uma lesão no músculo adutor da coxa esquerda e deverá ficar fora da "final" contra o Flamengo nesta quarta-feira, às 21h45, no Allianz Parque, em São Paulo.
"Os clubes e atletas profissionais não poderão, como regra geral, disputar partida sem observar o intervalo mínimo de sessenta (60) horas".
O Sr. Goool perguntou a Sérgio Corrêa, em duas oportunidades, qual seria o período necessário de descanso para a arbitragem entre um jogo e outro, mas o chefão da categoria não respondeu.
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