São Paulo - As lágrimas secaram. A dor, contudo, não passa. A tristeza não tem dado trégua aos torcedores da Portuguesa. Logo a Lusa que, além dos seus apaixonados fãs, tem uma legião de simpatizantes que consideram a Rubro-verde como seu segundo clube do coração. Hoje, os portugueses voltaram a lamentar. Mais um rebaixamento entrou para a farta história de 96 anos da Associação Portuguesa de Desportos. Pela primeira vez, o clube paulista terá que disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, última divisão nacional. A Lusa não conseguiu fazer sua parte, foi derrotada pelo Tombense, por 2 a 0, em Tombos, pela última rodada da Primeira Fase do Grupo B e tombou de vez na Série C.
O terceiro escalão brasileiro, aliás, já tinha sido novidade na história da rubro-verde. A Lusa chegou à Série C em 2015, um ano após a queda na Série B. E olha que o clube da capital estava na Série A em 2013. A Portuguesa que atormentava os rivais paulistas e batia de frente com os outros grandes do Brasil já não existe mais.
A Portuguesa tornou-se o sexto clube paulista a ser rebaixado na Série C desde 2009, quando foi criada a Série D. Na atual edição, aliás, o Guaratinguetá já havia caído e se juntado a Marília (2011), Santo André (2012), Grêmio Barueri (2013) e São Caetano (2014).
Filme de terror!
O cenário, contudo, fica ainda pior se for levado em conta apenas as divisões do Brasileirão. Nestas quarto temporadas analisadas pelo Sr. Goool, a Portuguesa realizou 114 partidas com apenas 29 triunfos, 30 empates e incríveis 55 derrotas. Aproveitamento baixo de 34,3%. Na Série C desde o ano passado, a Lusa venceu em 13 oportunidades (quatro na atual edição), empatou cinco vezes (duas em 2016) e sofreu 20 derrotas (12 nesta temporada).
Diante de tal retrospecto, não causa surpresa os rebaixamentos consecutivos do clube paulista. Após a queda no Brasileirão em 2013 por causa do Caso Héverton, a Portuguesa foi rebaixada em 2014 da Série B para a Série C. Sem falar o descenso no Paulistão em 2015. Hoje, a Portuguesa disputa a Série A2 (equivalente a 2ª divisão) e, agora, a Série D. A dor é grande, mas não há lágrimas.