FPF arrecada quase meio milhão de reais à custa dos seus clubes no Brasileirão

Paraná - A Federação Paranaense de Futebol (FPF) não disputa o Campeonato Brasileiro da Série A, mas mesmo assim tem faturado alto. A entidade do presidente Hélio Cury já arrecadou R$ 471.162,75 à custa dos seus filiados Atlético Paranaense e Coritiba. Para se ter uma ideia, a FPF conseguiu renda superior a arrecadação de cinco clubes do Brasileirão, entre eles o Coxa.

Segundo o Art. 72 do Regulamento Geral das Competições (RGC), a renda bruta das partidas terá, entre outras deduções, a "taxa da federação local correspondente a 5% da renda bruta, salvo definição de porcentagem diferente especificada no REC". O fato da dedução ser em cima da renda bruta evita que as Federações fiquem sem arrecadar, uma vez que muitos jogos têm dado prejuízo aos clubes.

A renda líquida do Coritiba, por exemplo, é de apenas R$ 47.354,09. O montante do Coxa é quase dez vezes inferior a renda da FPF que não tem gastos com time, jogos e nem entra em campo. A entidade paranaense também bate os montantes de Ponte Preta (R$ 210.441,09), Botafogo (R$ 70.080,54) - integrante do G6 -, América Mineiro (R$ - 28.777,71) e Atlético Mineiro (R$ - 36.186,46) - 4º colocado dentro de campo.

Repasses!

Só o Coritiba foi obrigado a desembolsar R$ 190.515,25 à FPF. Montante maior do que sua renda líquida no Brasileirão. O rival Atlético "doou" R$ 280.647,50 à entidade. A renda líquida do Furacão, em 17 partidas ao lado da torcida, chega a R$ 1.389.153,24. A FPF ainda terá mais quatro jogos (dois do Coritiba e dois do Atlético) para engordar os cofres.

No ano passado, a Federação Paranaense de Futebol abocanhou a bagatela de R$ 631.326,50. E olha que o Coxa, na oportunidade, teve uma partida a menos por ter atuado com os portões fechados ante o Santos.

A arrecadação foi menor em 2014, mas ainda assim chegou perto de meio milhão de reais (R$ 487.959,12). O Atlético, há dois anos, atuou quatro vezes com os portões fechados e ainda ficou sem a Arena da Baixada por causa da Copa do Mundo. Valores que deveriam estar nos cofres dos clubes, mas acabam com a FPF.