Alagoas - O Murici é a grande sensação da Copa do Brasil. Se na Primeira Fase o clube alagoano eliminou o Juventude - campeão em 1999 -, na Segunda Fase a vítima foi o América Mineiro que, até o ano passado, estava na Série A do Campeonato Brasileiro. Agora, o Murici irá encarar o Cruzeiro na Terceira Fase que terá jogos de ida e volta. E engana-se quem pensa que a Raposa assusta o clube nordestino. O experiente técnico Roberval Davino garante que jogará da mesma forma ante o rival mineiro.
"É uma situação mais complexa contra o Cruzeiro. Ainda será definido a ordem dos mandos de campo. Sabemos da qualidade do Cruzeiro, mas não vamos jogar a toalha. Ainda procuramos um atacante e, quem sabe até o jogo contra eles, temos um time mais reforçado", explicou o comandante ao Sr. Goool.
Roberval Davino, aliás, comentou diversas vezes sobre a necessidade de um atacante. Ele espera de quatro a cinco peças para o restante da temporada. Mas a principal carência é o sistema ofensivo.
"A expectativa é que parte da premiação da Copa do Brasil sirva para contratar um atacante. Nossas finalizações ainda pecam. Precisamos de um cara que o gol seja seu principal objetivo".
"Temos uma maneira de jogar, uma proposta de jogo. Não vamos mudar. Lógico que ao longo da partida pode acontecer algo que modifique esta forma. Mas de maneira geral, a ideia é a manter a forma como atuamos até aqui. Tivemos posse de bola maior do que os adversários na Copa do Brasil. Administramos os jogos e queremos continuar assim", comentou o treinador de 62 anos.
Nem mesmo a possibilidade de não atuar no Estádio José Gomes da Costa, em Murici, assusta Roberval Davino. O regulamento da Copa do Brasil não prevê capacidade mínima para jogos até a Terceira Fase, mas para jogos da TV "o estádio deverá ter sistema de iluminação adequado para partidas noturnas". O treinador até reconhece que o gramado do José Gomes da Costa não é dos melhores, mas não vê necessidade em atuar em casa."É verdade que aqui o campo não é legal. Mas o maior problema dos adversários é o calor. Temos condições de jogarmos em campos bons como Rei Pelé, o de Coruripe e o Mineirão. Estamos acostumados com estes campos", disse Davino que analisou a estrutura da sensação da Copa do Brasil.
"É uma estrutura simples a que temos aqui. Há um campo só. Neste ponto deixa a desejar. Mas tem o mínimo necessário. A cidade é pequena e o pessoal gosta do clube e de futebol. São apenas 40 minutos de Maceió. E o principal, aqui paga certinho. Nosso maior salário é de R$ 3 mil".
O Murici, após seis jogos, amarga a lanterna no Grupo A do Alagoano com três pontos. São três empates e três derrotas, além de três gols a favor e sete contra. Aproveitamento de 16,7%. Na quinta-feira, 2 de março, o Murici enfrentará o ASA, em Arapiraca, pela 7ª rodada do Estadual.