São Paulo - Uma torcida apaixonada não pode ficar tanto tempo fora da 1ª divisão. Um campeão brasileiro não pode ficar longe da elite do seu estado. Um clube tradicional deve estar sempre ao lado dos grandes. O futebol, no entanto, não é exato. E o Guarani pagou caro pela desorganização fora das quatro linhas. A punição, porém, acabou na noite desta quarta-feira. Após cinco longos anos, o clube de Campinas finalmente conquistou o acesso na Série A2 do Campeonato Paulista. O Bugre bateu o XV de Piracicaba, por 1 a 0 - gol de Ricardinho aos 2 minutos do 2º tempo -, para delírio dos 15.816 presentes no Estádio Brinco de Ouro da Princesa. Na ida, em Piracicaba, os rivais haviam empatado sem gols. O Guarani se junta ao Oeste que subiu para a elite do Paulistão, na última terça, ao superar o São Bernardo (3 a 2).
Quem olha o atual sucesso do Guarani não imagina que o clube viveu momentos de incerteza antes mesma do início da temporada. O técnico Fernando Diniz largou o Bugre ao aceitar a proposta do Atlético Paranaense. A diretoria, mesmo sem muita certeza, efetivou Umberto Louzer. E não é que o novato caiu como uma luva no elenco alviverde. Tanto é verdade que o Guarani ostenta a melhor campanha da Série A2.São 11 vitórias (sete em casa e quatro fora), dois empates (um como mandante e outro como visitante) e quatro derrotas (uma ao lado da torcida e três fora), além de 32 gols a favor (melhor ataque) e 18 tomados. Aproveitamento de 68,6%. A boa campanha garantirá que o Guarani decida o título da Série A2, em partida única, ao lado da torcida no próximo sábado.
E o torcedor foi fundamental na recente conquista bugrina. O Guarani ostenta a melhor média de público da Série A2 com 5.445 pagantes. Em oito partidas ao lado do torcedor, o Bugre acumula 49.002 torcedores e esse número aumentará na final. Sem falar que o Guarani tem três dos quatro maiores públicos da Série A2. O melhor foi obtido no jogo do acesso. Campinas, ou parte dela, está em festa!