São Paulo - Nem todos se recordam de Thomas Gravesen, um volante dinamarquês que jogou em times como o Hamburgo, o Everton e o Real Madrid. Mas o ex-futebolista é uma celebridade na Dinamarca, o seu país de origem, e continua sendo notícia mais de dez anos depois de seu último jogo como profissional.
Depois de ter deixado os gramados, Gravesen se deslocou para Las Vegas, onde viveu na companhia de modelos e celebridades e (segundo reza a lenda) faturou mais de 100 milhões de libras jogando poker! Esta é sua história.
Em 2000, ele representou a Dinamarca em 2 jogos do Euro 2000 e suas exibições atraíram o interesse do Everton. Gravesen se mudou de Hamburgo para Liverpool e conheceu o respeito e destaque que sempre procurou ao serviço do time da Premier League. Foi lá que o volante passou a ser conhecido como o "Mad Dog" (ou "Cão Louco", em português), uma alcunha que assentava na perfeição no seu comportamento dentro do campo: era como um cão de guarda da linha defensiva que dava tudo o que tinha em cada lance disputado.
No Everton, Gravesen se consolidou como um volante de primeira linha do futebol europeu. Representou a Dinamarca no Mundial de 2002 e no Euro 2004 e foi um elemento importante de um time do Everton que era treinado por David Moyes e tinha o hábito de chegar nos lugares europeus. Mas a meio da época de 2004/05, algo de extraordinário aconteceu. De forma surpreendente, Gravesen foi contratado por um dos maiores clubes de futebol do mundo: o Real Madrid.Na altura, os "Galácticos" eram conhecidos por suas contratações astronómicas, que envolviam craques como Luís Figo, Ronaldo, Zidane, ou Ruud van Nistelrooy. Mas Gravesen era um jogador muito diferente. Ele jogou em Madrid por apenas 11 meses e, como se esperava, não conseguiu se impor num time que era mais conhecido por sua criatividade e expressão futebolística do que por sua agressividade, fisicalidade, e rigor defensivo. Até hoje, a transferência de Gravesen do Everton para o Real Madrid continua sendo uma das mais estranhas dos últimos 25 anos.
Depois de sua aventura em Madrid, Gravesen jogou sem grande sucesso no Celtic, da Escócia, e acabou por regressar ao Everton, onde se retirou de forma precoce aos 32 anos de idade. Foi então que a "outra vida" do "Cão Louco" começou.
Milhões e mansões em Las Vegas
Na companhia da sua linda mulher, a modelo checa Kamila Persse, Thomas Gravesen se mudou de Liverpool para Las Vegas para se dedicar a uma carreira de jogador de poker. Foi então que começou sendo notícia por seu estilo de vida luxuoso, que chocava muitos dos seus fãs na Dinamarca. Em Las Vegas, vivia numa mansão, no mesmo bairro onde também se encontravam celebridades como o ator Nicolas Cage ou o lendário tenista André Agassi. Mas como conseguia Gravesen pagar tudo isso?
Um craque na mesa de jogo
A resposta se encontrava na mesa de jogo. Não se sabe se Gravesen jogava sempre no casino ou também através de sites online como o poker texas da 888, mas segundo o tabloide britânico Daily Star, Gravesen terá faturado cerca de 100 milhões de libras na sua atividade como jogador profissional de poker. A ser verdade, se trata de um montante que é capaz de superar seus ganhos como futebolista profissional. Para além de uma choruda conta bancária, Gravesen também é detentor de um Mercedes SLR McLaren, um exclusivo carro de luxo que custa cerca de meio milhão de dólares.
Regresso à casa
Depois de ter passado muitos anos em Las Vegas, Gravesen decidiu voltar, juntamente com sua mulher, para o lugar onde tudo começou: a Dinamarca. Em seu país natal, o 'Cão Louco' é uma superestrela que se dedica à atividade de comentador desportivo. Segundo o ex-volante do Real Madrid, sua decisão de voltar para a Dinamarca foi motivada pela saudade: Gravesen sentiu falta do futebol...
De volta a casa, Gravesen foi questionado acerca da sua vida como playboy nos Estados Unidos e lhe perguntaram se ele tinha mesmo feito 100 milhões de libras jogando poker. A resposta do volante foi, no mínimo, pouco esclarecedora: "só isso?", questionou.
Sem confirmar ou desmentir os rumores, Gravesen acabou provando que continua sendo a mesma personalidade carismática e irredutível que sempre fascinou os dinamarqueses e o mundo do futebol em geral. Só o futuro saberá que mais surpresas nos reserva a emocionante vida do "Cão Louco".