São Paulo - O Grêmio Barueri se livrou de um dos seus inúmeros problemas. A diretoria do clube finalmente entregou todos os borderôs à Federação Paulista de Futebol (FPF). Desta forma, a Abelha poderá entrar em campo nesta quarta-feira, às 19 horas, para encarar a Itapirense, em Itapira, pela 14ª rodada do Campeonato Paulista da Série A3. O Grêmio Barueri corria o risco de ser proibido de jogar e ainda perder por W.O., como mostrou o Sr. Goool na última segunda-feira.

O clube da Grande São Paulo havia sido punido duas vezes pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP). O problema foi resolvido com a entrega dos seis boletins financeiros. E por incrível que pareça, o Grêmio Barueri não tem a pior média de público da Série A3, mesmo com 13 derrotas em 13 jogos.

A Abelha ocupa a antepenúltima colocação com média de 86 testemunhas. O público total chega a 518 pagantes. O Grêmio Barueri supera o lanterna Atibaia, responsável pela pior média do Brasil (47), e o penúltimo colocado Guaratinguetá (51), um dos representantes de São Paulo na Série C do Brasileirão. Os dois últimos colocados, porém, têm atuado longe de casa, em Indaiatuba e em Limeira.

Apenas na estreia contra o Noroeste, o Grêmio Barueri conseguiu público superior a 100 torcedores (160). Em compensação, o pior ocorreu ante o Guaratinguetá, apenas 28 gatos pingados. Se fora de campo a Abelha ainda consegue ser mais rápida do que alguns adversários, em campo a situação é bem diferente.

O Grêmio Barueri é o responsável pelo menor número de vitórias, pelo maior número de derrotas, pelo pior ataque e pela pior defesa. São 13 derrotas em 13 partidas (sete em casa e seis fora), além de só cinco gols a favor e inacreditáveis 56 contra. O clube paulista tem média ofensiva de 0,38. Já a defesa tem média de 4,3 tentos tomados por partida.

Sem apoio!
Os problemas do Grêmio Barueri, porém, vão além das derrotas. Os jogadores estão com salários atrasados e chegaram até mesmo a ficar sem comida. O Nacional, um dos adversários que venceram o Grêmio Barueri, chegou a doar comida aos companheiros de profissão. O Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (SAPESP) foi outro que envio comida aos atletas.

Mas nem mesmo esta situação foi capaz de amolecer o coração dos responsáveis pelo Bom Senso FC. O movimento organizado por jogadores da elite não se manifestaram a respeito. Nenhuma nota foi divulgada sobre os repetidos episódios em Barueri. O Sr. Goool, há duas semanas, tenta contato com o Bom Senso através das redes sociais e do formulário de contato no site oficial do movimento. Mas assim como os jogadores do Grêmio Barueri, o Sr. Goool foi sumariamente ignorado pelo Bom Senso que tem apoio de jogadores - mais de mil, segundo o site do movimento -, ex-jogadores, jornalistas e empresários.

Tal atitude do Bom Senso joga contra o que o próprio movimento propaga em seu site oficial. "O movimento de quem joga, de quem torce, de quem apita, de quem transmite, de quem patrocina". A mesma indiferença do Bom Senso, porém, não foi vista em episódios de destaque como a proibição de uma torcida organizada do Corinthians em protestar contra a FPF, a Globo e o deputado Fernando Capez (PSDB). Teve até campanha em rede social! Ou na disputa entre Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Primeira Liga e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). E falando apenas dos episódios recentes do futebol nacional.