São Paulo - O Atibaia, mais uma vez, luta pelo acesso na Série A3 do Campeonato Paulista (equivalente a 3ª divisão). O Falcão, novamente, joga longe de casa, da cidade natal e dos seus torcedores. A Federação Paulista de Futebol (FPF), porém, não vê problemas no aumento dos "sem estádios". São os clubes que não regularizam suas casas e são obrigados a atuar em cidades vizinhas, deixando suas torcidas órfãs.
"O Artigo 41 estipula a capacidade mínima dos estádios de acordo com a Série disputada. O primeiro parágrafo deste mesmo artigo detalha que, o clube que não possua quantidade mínima de lugares liberados [...] será autorizado a mandar suas partidas no referido estádio por período não superior a dois anos, desde que tenha as providências para adequação da capacidade mínima", argumentou a FPF por meio da sua assessoria.O Atibaia, no entanto, não manda jogos no Estádio Salvador Russani desde 2015. Naquela oportunidade, aliás, o clube do interior conquistou o acesso, mas perdeu a vaga após não aumentar a capacidade da sua casa de três para oito mil lugares.
"Ainda de acordo com o RGC, os clubes que necessitem de reforma, ampliação ou construção deverá solicitar ao Departamento de Infraestrutura da FPF que contrate empresa especializada para a emissão de laudo atestando a data de conclusão da obra. De acordo com o parágrafo 6 deste mesmo artigo do RGC, os Clubes que não atenderem a qualquer dos requisitos previstos no caput, no § 1º e/ou no § 2º deste artigo não poderão disputar a Competição da Divisão para a qual ascenderiam e darão lugar ao Clube melhor colocado da Divisão inferior, dentre aqueles que não haviam se classificado", explicou a FPF.
"Os parágrafos primeiro e segundo do artigo 43 afirmam: "Caso qualquer um dos Laudos Técnicos exigidos neste RGC perca a vigência durante a Competição, o Clube deverá indicar um novo estádio para receber suas partidas enquanto não obtiver a renovação do referido laudo". E "Na impossibilidade de uso do seu estádio, o Clube indicará formalmente ao DCO outro local que esteja devidamente aprovado, em conformidade com o caput do artigo 41 deste RGC, com Laudos vigentes e com a devida autorização do proprietário para o uso, com 10 (dez) dias corridos de antecedência ao seu jogo, conforme determina o artigo 13 deste RGC, sob pena de não realização da partida e consequente perda por W.O.", finalizou a FPF.
Sem estádios!
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Leia a notícia completaO tradicional Rio Branco teve o Décio Vitta interditado e, ao não indicar um novo estádio, perdeu de 3 a 0 para o EC São Bernardo na 2ª rodada. O Tigre precisou atuar no Antônio Lins Ribeiro Guimarães, em Santa Bárbara D'Oeste. O Mogi Mirim, com o Vail Chaves sem condições de receber partidas, joga no Coronel Francisco Vieira, em Itapira. Mas na 16ª rodada, o Sapão esqueceu de avisar a FPF e perdeu por W.O. para o EC São Bernardo, resultado que decretou o rebaixamento do clube à Segundona.
Na Série A2 Paulista, o punido foi o Rio Claro. Sem o Estádio Dr. Augusto Schimidt Filho apto a receber duelos, o Galo perdeu por W.O. para o Juventus na 3ª rodada. O Rio Claro ainda mandou suas partidas em Limeira e até mesmo na casa do rival Velo Clube (Benito Agnelo Castellano). Os clubes do interior, ano a ano, "morrem", mas antes deixam suas cidades e seus torcedores sem futebol.