São Paulo - Os Estaduais do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco contam com clubes do Campeonato Brasileiro da Série A, mas ainda assim registraram queda de público em relação a temporada passada, segundo levantamento do Sr. Goool. No geral, dos 18 Estaduais já finalizados, nove tiveram aumento na média de pagantes e outros nove perderam fãs.

O Paulistão, por exemplo, conta com cinco clubes na elite nacional (Corinthians, Palmeiras, Ponte Preta, Santos e São Paulo), contudo, não foi capaz de evitar a queda de espectadores. A edição 2016 do Estadual de São Paulo registrou média de 7.267 pagantes, contra 7.607 torcedores em 2015. Mesmo com a perda de torcida, os paulistas tiveram a melhor marca dos Estaduais. A queda de público, entre outros motivos, pode ser observada pela inusitada final. Santos e Osasco Audax fizeram a decisão com o menor público dos últimos anos.

Já a reclamação dos Cariocas foi com a falta do Maracanã e do Engenhão. Os torcedores do Rio de Janeiro sumiram dos estádios. Os jogos que mais tiveram público foram realizados em outros estados, sem contar as finais no Maraca. Resultado: a média de público do Cariocão despencou de 5.372 fãs no ano passada para minguados 3.853 torcedores nesta edição. Se no Rio de Janeiro a decisão até alcançou bons números, a final no Rio Grande do Sul foi o entrave para a queda de público.

Com o acanhado Estádio Alfredo Jaconni, em Caxias do Sul, abrindo a decisão, o Gauchão não conseguiu repetir o público de 2015 que teve Gre-Nal na final. No ano passado, com três clássicos entre Grêmio e Internacional, o Estadual registrou média de 4.588 apaixonados. Mas em 2016, com apenas um duelo entre os rivais de Porto Alegre, que - por sinal - teve o maior público da competição, ficou em 3.961 espectadores.

Mais quedas!
No Catarinense, os problemas podem ser divididos entre a mudança do regulamento - à la pontos corridos -, no fracasso dos clubes da capital e até mesmo na queda de público do Joinville, recordista no ano passado. Juntando estes três problemas, o Estadual de Santa Catarina perdeu 712 pagantes. A média caiu de 3.570 torcedores para 2.858 fanáticos.

Por fim, a questão vista no Campeonato Pernambucano foi a falta do Todos com a Nota, programa em que os torcedores trocavam ingressos por notas fiscais. Com o programa, a média do Estadual de Pernambuco bateu na casa dos cinco mil pagantes (4.425). Neste ano, porém, a competição sofreu para chegar a três mil testemunhas (3.005).

Além dos Estaduais mencionados, Alagoas, Distrito Federal e Ceará também tiveram queda de público de 2015 para a atual temporada. Por outro lado, os Estaduais da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte, Sergipe e Mato Grosso do Sul conseguiram aumentar o público nas arquibancadas.

Destas nove competições, três contam com clubes no Brasileirão. O Baianão saltou de 3.119 torcedores para 3.719 fãs. No Mineiro, mesmo sem a final entre Cruzeiro e Atlético, a marca saiu de 5.347 pagantes para 5.409 espectadores. Por fim, no Paranaense a média de 2015 foi de 3.178 apaixonados, enquanto em 2016 pulou para 3.786 fanáticos.

Confira a comparação na média de público pagante dos Estaduais:

Alagoano

2015 (1.970)
2016 (1.791)

Baiano

2015 (3.119)
2016 (3.719)

Brasiliense

2015 (1.968)
2016 (976)

Capixaba

2015 (708)
2016 (515)

Carioca

2015 (5.372)
2016 (3.853)

Catarinense

2015 (3.570)
2016 (2.858)

Cearense

2015 (3.407)
2016 (2.679)

Gaúcho

2015 (4.588)
2016 (3.961)

Goiano

2015 (2.853)
2016 (4.195)

Mato-grossense

2015 (810)
2016 (1.043)

Mineiro

2015 (5.347)
2016 (5.409)

Paraense

2015 (3.083)
2016 (3.811)

Paranaense

2015 (3.178)
2016 (3.786)

Paulista

2015 (7.607)
2016 (7.267)

Pernambucano

2015 (4.425)
2016 (3.005)

Potiguar

2015 (1.240)
2016 (1.980)

Sergipano

2015 (1.097)
2016 (1.308)

Sul-mato-grossense

2015 (665)
2016 (764)