Ceará - O Fortaleza foi tragado pela areia movediça da Série C do Campeonato Brasileiro em 2010. Ao contrário das paradisíacas dunas do Ceará em que ninguém quer ir embora, o Leão se viu preso ao fenômeno natural do terceiro escalão do Brasileirão. Nas últimas temporadas, o Tricolor tentou sempre a mesma estratégia e todas as vezes não se desvencilhou da "areia engolideira" apesar de contar com o empurrão da sua apaixonada torcida Mas no instante em que o Fortaleza tentou outra abordagem, o céu abriu, a luz surgiu e o tormento ficou próximo do fim. O primeiro passo foi dado no último sábado durante a vitória, por 2 a 0, sobre o Tupi no Estádio do Castelão pelas quartas de final.
O jogo de volta será realizado em Juiz de Fora. Nos últimos anos, o Tricolor sempre decidiu o acesso em casa e isso pesou para os jogadores. O Fortaleza viu o acesso escorrer pelas mãos contra Juventude (2016), Brasil (2015) e Macaé (2014), além do Oeste (2012). Com exceção do jogo ante os paulistas, em todas as outras oportunidades, o Castelão recebeu mais de 60 mil torcedores. E essa foi outra diferença na atual edição da Série C.Os quase 40 mil fanáticos (39.126) até bateram o recorde em 2017, mas não fizeram frente aos 63.903 fãs diante do Juventude, ou os 62.903 fanáticos contra o Brasil, ou ainda 62.525 espectadores diante do Macaé. O menor público talvez tenha servido para pressionar mais os adversários mineiros do que impressionar mais os donos da casa a ponto de travá-los como nas edições passadas.
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Leia a notícia completaDesta vez, contudo, o Leão não gastou todas as suas energias na Primeira Fase. A classificação foi obtida no 3º lugar do Grupo A com 27 pontos, cinco a menos do que o líder Sampaio Corrêa. O Fortaleza, contudo, tem um ponto para se preocupar. Fora de casa, o clube anotou apenas oito pontos e, entre os oito clubes classificados, tem a 3ª pior campanha. Já o Tupi, com 19 pontos em casa, tem a 3ª melhor campanha como mandante.