Amazonas - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) organiza, mas não dá a mínima para o Campeonato Brasileiro de futebol feminino. Tanto é verdade que o Nacional da categoria é considerado amador pela entidade. Mas Iranduba e Corinthians, na noite de quarta-feira, deram uma bela resposta à CBF. O duelo válido pela 1ª rodada do Grupo 6 da Segunda Fase contou com a presença de 8.147 torcedores na Arena da Amazônia, em Manaus. A renda bruta foi de R$ 51.120,00. Tal público, segundo levantamento do Sr. Goool, foi o segundo maior da noite de quarta-feira. E comparamos com jogos dos grandes clubes do futebol masculino.

As arquibancadas de um dos palcos da Copa do Mundo só ficou atrás do confronto rubro-negro pela Liga Sul-Minas-Rio. O Flamengo foi eliminado pelo Atlético Paranaense na semifinal diante de 11.735 torcedores no Estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora. A outra semifinal do torneio da Primeira Liga entre Fluminense e Internacional rendeu público de apenas 6.474 fãs.

A turma da Copa do Nordeste, mesmo em rodada decisiva, também ficou atrás do Brasileirão Feminino. O Bahia, único clube que venceu os seis jogos na Primeira Fase do torneio regional, contou com a presença de 7.927 tricolores ante o Santa Cruz. Enquanto isso, o atual campeão Ceará levou só 6.107 alvinegros para o duelo contra o Vitória da Conquista. Já o Sport, representante pernambucano no Brasileirão, bateu o Botafogo sob os olhares de 5.841 pagantes.

Nem mesmo o atual campeão brasileiro conseguiu superar a marca do futebol feminino. É verdade que o Corinthians jogou fora de casa, mas arrastou a São Bernardo Campo menos torcedores do que seu time feminino em Manaus (7.626). Pior fizeram São Paulo e Ponte Preta, outros representantes paulistas na Série A.

O Tricolor acabou com o jejum de vitórias perante 3.214 torcedores no Pacaembu. Já a Ponte Preta foi derrotada pelo Mogi Mirim diante de 1.079 testemunhas. O duelo em Campinas sofreu atraso devido ao forte temporal que caiu na cidade paulista. O fato é que juntando o público de dois clubes da Série A do Brasileirão não chega a marca vista no Brasileirão Feminino. E ai, futebol é só coisa de homem?