Pernambuco - Não estava escrito apenas nas estrelas. Bastava olhar o formato e a (des)organização da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) para saber que o Campeonato Pernambucano fracassaria fora das quatro linhas. Primeiro Estadual a colocar a bola para rolar, em 4 de janeiro, a competição de Pernambuco desrespeitou o calendário oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e só encerrou a edição 2017 na última quarta-feira. O ponto final foi com a menor média de público dos últimos anos. Segundo levantamento do Sr. Goool, o Estadual nordestino amargou a terceira queda seguida de pagantes e ainda teve o pior desempenho entre as disputas com clubes do Brasileirão.
As 95 partidas, distribuídas em longas cinco fases, renderam média modesta de 1.656 testemunhas e público total de 142.436 torcedores. No ano passado, mesmo com a queda nas arquibancadas, o Pernambucano foi encerrado com 3.005 pagantes, ante 4.425 apaixonados em 2015. O ápice foi visto na temporada 2014, quando a média alcançou 6.134 fanáticos. Já em 2013, o Estadual terminou com média de 5.339 aficionados.O desastre pernambucano não está só na comparação com as últimas edições do próprio Estadual. A tragédia rompe as barreiras do estado. O Pernambucano amarga a lanterna entre os Estaduais com clubes do Brasileirão. A pior marca, até então, era do Catarinense. Mas ainda assim, Santa Catarina está bem a frente dos nordestinos. O Catarinense fechou com média de 2.987 pagantes.
O Paulistão puxa a fila com a melhor marca do país (9.768). Mineiro (5.457), Gaúcho (4.632), Carioca (4.031), Paranaense (3.818), Baiano (3.698) e Goiano (3.631) também superam com folga o Estadual de Pernambuco. A final entre Salgueiro e Sport, em meio as divisões do Brasileirão, teve apenas o 7º maior público do torneio (4.927).
Amazonenses lotaram a Arena da Amazônia, em Manaus, com 25.371 torcedores - recorde na competição
Leia a notícia completaNo ranking de clubes, o campeão Sport também levou o título das arquibancadas com média de 7.291 pagantes. Náutico (3.834) e Santa Cruz (3.563) completaram o Top 3. Dos 12 clubes do Pernambucano, apenas quatro venceram a barreira dos mil pagantes. O outro foi o vice-campeão Salgueiro (2.230). Já América (92) e Atlético Pernambucano (74) não alcançaram 100 pagantes.
Em campo aconteceram 30 vitórias dos mandantes, 37 triunfos dos visitantes e 28 empates. Ainda foram contabilizados 220 gols, sendo 108 dos donos da casa e 112 dos visitantes. Média de 2,32 tentos por partida. A vitória dos visitantes, por 1 a 0, foi o placar mais repetido - 14 vezes.