São Paulo - A Libertadores 2018 finalmente foi encerrada. Não como imaginavam CONMEBOL, clubes e torcedores. O torneio mais importante da América do Sul deveria ter sido finalizado em 24 de novembro ou até mesmo no dia seguinte, mas foi adiado após vândalos travestidos de torcedores do River Plate apedrejarem o ônibus do Boca Juniors a caminho do Monumental de Núñez. Por falta de segurança, a CONMEBOL levou a histórica finalíssima argentina para o Santiago Bernabéu, em Madrid. Neste domingo, Millonarios e Xeneizes colocaram um ponto final na última decisão com jogos de ida e volta. A partir de 2019, a final será em estádio neutro e com partida única. E os "donos da casa", mesmo não estando no lar, doce lar, levaram a melhor. O River Plate venceu o eterno rival Boca Juniors na prorrogação, por 2 a 0 - gol de Quintero aos 4 minutos e Pity Martínez aos 16 minutos do 2º tempo da prorrogação -, após empate no tempo normal por 1 a 1, e garantiu vaga no Mundial de Clubes. Benedetto, aos 44 minutos do 1º tempo, abriu o marcador para o Boca, mas Pratto aos 22 minutos do 2º tempo deixou tudo igual. Sem falar que o clube hermano ainda se tornou recordista de conquistas na década no torneio sul-americano.

Esta foi a segunda volta olímpica no período. O River Plate já havia sido campeão em 2015 ante o Tigres. Os dois primeiros feitos dos Millonarios, no entanto, foram em 1986 em 1996, ambos contra o América de Cáli. Agora, o River se junta ao também argentino Estudiantes, dono dos mesmos quatro títulos.

Esta foi a primeira vez que o River Plate não deu a volta olímpica em seu estádio durante um título da Libertadores. Nas outras três conquistas, os Millonarios foram os mandantes do segundo jogo. Em 1986 foram duas vitórias - 2 a 1 em Cáli e 1 a 0 em Buenos Aires. Em 1996, apesar do tropeço em Cáli (1 a 0), os 2 a 0 no Monumental de Núñez garantiram a segunda taça. Já em 2015, o Tigres segurou o 0 a 0 no México, mas apanhou de 3 a 0 na Argentina. Agora, o River Plate arrancou 2 a 2 na La Bombonera. A volta seria no Monumental de Núñez, mas acabou sendo jogada em Madrid.

O River Plate foi campeão com sete vitórias (três em casa, uma em campo neutro e três fora), seis empates (dois como mandante e quatro como visitante) e uma derrota ao lado da torcida, além de 19 gols a favor e nove tentos tomados. Aproveitamento de 64,3%. Líder em seu grupo que tinha Flamengo, Santa Fe e Emelec, o River Plate despachou Racing, Independiente, o então campeão Grêmio e o rival Boca Juniors no mata-mata.

Campeões!
A Argentina, com 25 títulos, lidera o ranking de conquistas da Libertadores. O Brasil está com 18, contra oito do Uruguai. Já Paraguai e Colômbia somam três casa. Equador e Chile têm um cada. Em relação aos clubes, a Libertadores tem como maior vencedor o Independiente-ARG - dono de sete títulos -, um a mais que o Boca Juniors-ARG.

Peñarol-URU, com cinco, e Estudiantes-ARG e River Plate-ARG, com quatro, estão a frente de Santos, São Paulo, Olímpia-PAR, Nacional-URU e Grêmio, todos com três. O Internacional tem dois títulos, assim como Cruzeiro e Atlético Nacional. Com uma conquista há San Lorenzo-ARG, Atlético Mineiro, Corinthians, LDU-EQU, Once Caldas-COL, Palmeiras, Vasco, Vélez Sarsfield-ARG, Colo Colo-CHI, Argentinos Juniors-ARG, Flamengo e Racing Club-ARG.