Série D tem a grande maioria dos clubes com dívidas; Quase a metade dos classificados estão no vermelho

São Paulo - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode até pagar algumas despesas dos clubes, mas a Série D do Campeonato Brasileiro continua a ser deficitária. Para os clubes, a última divisão nacional só serve de passagem, de trampolim para a Série C. Segundo levantamento do Sr. Goool, 41 dos 68 participantes terminaram a fase de grupos com dívidas. Para se ter uma ideia, 15 dos 32 classificados pagaram para entrar em campo. (Clique na imagem abaixo e escolha a aba "renda líquida" para ter os dados completos!)

As últimas cinco colocações são de clubes paulistas. O Red Bull deixou a Série D com rombo de R$ - 76.492,75. O Osasco Audax também foi eliminado na Primeira Fase e sem vitória. Como se tudo isso não bastasse, o clube ainda amargou déficit de R$ - 50.578,39. Entre os clubes que seguem na luta pelo acesso, a pior situação financeira é do São Bernardo, dono da terceira maior dívida no geral.

O Bernô pagou R$ - 45.671,81 para entrar em campo. É como se o clube paulista tivesse desembolsado, em média, R$ - 15.223,94 em suas três partidas como mandante. A Juazeirense também está nesta situação de sair logo da Série D antes que declare falência. O representante baiano avançou de fase mesmo com a dívida de R$ - 27.394,40. Guarany (R$ - 24.259,67) e Comercial (R$ - 21.136,40) também já ultrapassaram a bagatela de R$ - 20 mil.

Nem mesmo a Portuguesa escapou do déficit. Dona da segunda melhor campanha na Primeira Fase, a Lusa ficou R$ - 19.633,10 mais pobre. A cada partida ao lado da torcida - foram três ao todo -, o clube do Rio de Janeiro desembolsou R$ - 6.544,37. Globo, Maranhão, Ceilândia, Espírito Santo, Villa Nova, Santos, São Francisco, URT, Aparecidense e São José foram os outros clubes classificados, mas com déficits.

No azul!
Pelo menos, as três maiores receitas são de clubes garantidos na Segunda Fase. O Campinense sofreu para carimbar o passaporte, mas ainda assim encheu os cofres com R$ 248.330,30. A Raposa foi o clube que mais arrecadou na fase inicial. A média da receita rubro-negra chegou a R$ 82.776,77. Ainda no Nordeste e na mesma Paraíba há o Sousa, responsável pela segunda maior arrecadação.

As três partidas em casa geraram ao Sousa renda líquida de R$ 139.458,22. Melhor clube da Primeira Fase e dono da maior média de público pagante, o América de Natal completa o Top 3 de renda. O Mecão foi o terceiro e último clube a romper a barreira de R$ 100 mil. O clube potiguar embolsou R$ 101.065,64.

Em campo, a Série D teve 204 jogos com 110 vitórias dos mandantes, 46 triunfos dos visitantes e 48 empates. Aconteceram 483 gols, sendo 307 dos donos da casa e 176 dos visitantes. Média de 2,37 tentos por partida. A vitória dos mandantes, por 1 a 0, foi o resultado mais repetido - 34 vezes. O Atlético Acreano tem o melhor ataque (16) e a Portuguesa ostenta a melhor defesa (2).