São Paulo - O Campeonato Brasileiro da Série A encerrou a edição 2016 com aumento na média de gols. Notícia boa? De certo modo, sim, ainda mais analisando as duas últimas temporadas. Mas mesmo assim não há motivos para comemorar. A média de 2,41 tentos por partida no Brasileirão 2016, segundo levantamento do Sr. Goool, é a terceira pior em 14 temporadas nos pontos corridos.
Em 379 jogos - a partida entre Chapecoense e Atlético Mineiro, pela 38ª rodada, não aconteceu por causa da tragédia com o voo da delegação do clube catarinense -, o Brasileirão 2016 registrou apenas 912 gols, sendo 564 dos mandantes e 348 dos visitantes. Média de 2,41 bolas nas redes por duelo. O campeão Palmeiras obteve o melhor ataque com 62 gols. O rebaixado Santa Cruz também colaborou ao levar 69 tentos, pior defesa.
O resultado mais repetido da Série A foi a vitória dos mandantes, por 1 a 0. Este placar aconteceu em 68 oportunidades. O empate, por 1 a 1, ocorreu em 41 jogos, enquanto o triunfo dos mandantes, por 2 a 1, foi registrado 35 vezes. Já o sem graça 0 a 0 foi visto em 27 partidas. A média atual só supera as marcas das últimas duas temporadas.Tal fato não acontecia na principal divisão nacional desde a temporada 2013
Leia a notícia completaO melhor desempenho no formato com 20 clubes aconteceu em 2009. Há sete anos, a principal divisão nacional acumulou 1.094 gols. Média alta de 2,88 bolas nas redes por confronto. Esta marca fica atrás apenas de 2003 (2,89) e da recordista dos pontos corridos em 2005 (3,13). No Brasileirão de 11 anos atrás foram 22 clubes, 42 rodadas, 462 jogos, 1.448 gols (833 dos mandantes e 615 dos visitantes) e média acima de três pontos jogo.
Artilheiros!
Em 2005 - ano do recorde na média de gols -, o atacante Romário, do Vasco, foi o artilheiro com 22 tentos. Aquela foi a terceira vez em que o Baixinho terminou na liderança da artilharia. Tal feito foi igualado por Fred, do Atlético Mineiro, em 2016. Fred, William Pottker, da Ponte Preta, e Diego Souza, do Sport, foram os artilheiros da atual edição do Brasileirão com 14 gols cada. Mas só o mineiro entrou para uma seleta lista.
Frederico Chaves Guedes foi, pela terceira vez, foi o maior goleador em uma edição do Brasileirão. Nas outras duas oportunidades, Fred vestia o manto tricolor do Fluminense. O atacante anotou 20 gols, em 2012, e balançou as redes adversárias por 18 vezes em 2014. Há quatro anos, ele foi campeão brasileiro com o Flu.
Outro irreverente atacante e da "família Maravilha" que deu trabalho aos adversários foi Túlio. Em 1989, o goleador fez 11 tentos pelo Goiás. Já em 1994 (19 gols) e 1995 (23 gols), ele defendia o Botafogo. Em 1995, aliás, Túlio foi campeão nacional. Enquanto isso, a artilharia tripla de Romário pode ser contestada por alguns.
Explica-se: em 2000, na malfadada Copa João Havelange, o Baixinho anotou 20 gols no Módulo Azul, o principal da competição. Mas se for levado em conta todos os módulos, Adhemar, do vice-campeão São Caetano, fez 22 tentos. Além desta vez, Romário foi artilheiro em 2001 com 21 gols e, em 2005, com 22 gols. Nas três vezes, o camisa 11 vestia o manto vascaíno.
Todos estes artilheiros superaram Pelé (1961 e 1964), Toninho Guerreiro (1966 e 1968), Roberto Dinamite (1974 e 1984), Zico (1980 e 1982) e Washington (2004 e 2008), goleadores duas vezes no Brasileirão.
Confira a média de gols do Brasileirão de pontos corridos:
TEMPORADA | MÉDIA DE GOLS |
---|---|
2003 | 2,89 |
2004 | 2,78 |
2005 | 3,13 |
2006 | 2,71 |
2007 | 2,76 |
2008 | 2,72 |
2009 | 2,88 |
2010 | 2,57 |
2011 | 2,68 |
2012 | 2,47 |
2013 | 2,46 |
2014 | 2,26 |
2015 | 2,36 |
2016 | 2,41 |