São Paulo - A CONMEBOL inchou a Libertadores com 47 clubes e definiu que a final será disputada em 22 e 29 de novembro. Com esta mudança, os clubes brasileiros - em caso de decisão - chegarão mais cansados e bem mais rodados do que em anos anteriores. Segundo levantamento do Sr. Goool, os representantes brasucas poderão fazer quase 80 jogos antes do primeiro duelo da final. Em anos anteriores, tal maratona não chegava a 50 partidas.

O Internacional, de 2005 para cá, é o clube brasileiro que mais fez partidas até a final da Libertadores. Campeão em anos de Copa do Mundo - 2006 e 2010 -, o Colorado teve que encarar uma pausa de, ao menos, 40 dias até a final do torneio mais importante da América do Sul. Enquanto isso, o clube do Sul disputou 46 jogos antes da sua primeira final e 45 em 2010.

O São Paulo também ralou até a decisão. O Tricolor paulista foi campeão em 2005 e, até o primeiro duelo da decisão em 6 de julho, entrou em campo 40 vezes. O Santos, em 2011, parou em 39 partidas. A decisão do Peixe ocorreu em 15 e 22 de junho. O Corinthians, em 2012, decidiu a Libertadores no final de junho e início de julho. Neste período, realizou 38 duelos, quatro a mais do que o Atlético Mineiro, em 2013. A final do Galo foi em 17 e 24 de julho.

A situação de 2017, porém, será desesperadora para o time brasileiro que chegar à final. Além da mudança do calendário, os brasileiros da Libertadores ainda passaram a disputar a Copa do Brasil. Tal alteração garante, pelo menos, mais dois jogos na temporada. Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos terão que ter elencos numerosos e saber dosar ao longo do ano.

Maratona verde e amarela!
O Palmeiras, atual campeão do Campeonato Brasileiro da Série A, faria 12 jogos pelo Paulistão - podendo chegar a 18 duelos até a decisão -, 12 jogos pela Libertadores - sem contar a final -, dois da Copa do Brasil - com a possibilidade de somar outros quatro - e 36 pelo Brasileirão. O Sr. Goool considerou as datas da temporada de 2016. A semifinal da Copa do Brasil, por exemplo, foi realizada em 2 de novembro. Já a 36ª rodada do Brasileirão ocorreu em 20 de novembro e foi a última antes da data estabelecida para a final da Libertadores 2017.

Neste cenário, o Palmeiras disputaria, no mínimo, 62 jogos até a decisão do torneio sul-americano e, no máximo, 72. O Grêmio, campeão da Copa do Brasil, iria além por causa da Copa da Primeira Liga. O Tricolor gaúcho realizaria, ao menos, 64 embates e, no máximo, 77. Números levados em conta até o primeiro jogo da final e considerando as datas do calendário de 2016.

Nenhum outro clube brasileiro na Libertadores, porém, faria mais jogos do que a Chapecoense. Para se ter uma ideia, a Chape realizará, pelo menos, 74 partidas antes da final do torneio sul-americano. Isso se o clube catarinense não avançar em seus torneios. Se chegar à final da Copa da Primeira Liga, do Estadual Catarinense e se classificar na Copa do Brasil, o número de jogos saltaria para inacreditáveis 83 duelos antes das partidas mais importantes de sua jovem história. Nesta maratona, a Chapecoense ainda terá que decidir a Recopa Sul-americana e a Copa Suruga - este torneio, no Japão.

No caso de Atlético Paranaense e Botafogo, que disputam a Segunda Fase da Libertadores, seriam 65 partidas no mínimo e 75 no máximo. O Flamengo, já na fase de grupos da Libertadores, realizaria 64 jogos se não chegasse ao mata-mata da Copa da Primeira Liga e do Carioca, mas poderia bater na casa dos 77 até a decisão do torneio sul-americano.

O Atlético Mineiro, campeão que menos fez jogos até a final da Libertadores entre os brasileiros, alcançaria a marca de 64 duelos - 30 a mais do que em 2013. Mas no cenário perfeito, o Galo teria uma maratona de 75 confrontos. O Santos, que disputou 39 jogos até a final de 2011, se quiser brigar pelo título sul-americano novamente terá que fazer, ao menos, 62 partidas e, no máximo, 72. Desafio extra para os brasileiros em 2017.