Rio de Janeiro - Boavista e Flamengo neste domingo, às 17 horas, decidirão o título da Taça Guanabara pelo Campeonato Carioca no Estádio Kléber Andrade, em Cariacica. O campeão até fará festa em campo, mas não haverá motivos para festejar o desempenho fora das quatro linhas. Enquanto os participantes sofrem para colocar torcedores nas arquibancadas e arrecadar dinheiro, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) enche os cofres e à custa dos próprios filiados.
A FERJ poupa os chamados pequenos, mas não alivia os grandes ao exigir uma alta taxa sobre a renda bruta. Os pequenos só são obrigados a pagar essa taxa quando atuam contra os grandes. O costume - com a anuência dos clubes - em Estaduais e Nacionais é a cobrança de 5%, mas a FERJ chega a quase 10%. Não por acaso, em apenas 20 jogos, a entidade carioca já abocanhou R$ 226.522,80, segundo levantamento do Sr. Goool.A partida entre Nova Iguaçu e Flamengo sequer aconteceu em território carioca, mas ainda assim foi a responsável pela maior renda da FERJ. O duelo no Mané Garrincha, em Brasília, rendeu à entidade nada menos do que R$ 63.792,00. Tal montante foi tirado da renda bruta de R$ 694.980,00. Ou seja, o valor chega a 9,2%. Esse foi o mesmo percentual exigido no clássico entre Flamengo e Vasco no Maracanã. A renda bruta de R$ 529.937,00 gerou R$ 49.937,70 aos cofres da FERJ.
Quase a metade dos clubes, por outro lado, apresentam aproveitamento inferior a 50%
Leia a notícia completaO Campeonato Carioca, até aqui, apresenta média de apenas 1.881 testemunhas e público total inferior a 100 mil pagantes (99.715). Só em duas oportunidades houve público acima de dez mil pagantes. A melhor marca ocorreu no clássico entre Flamengo e Vasco (18.587). No ranking de público, a melhor média é do Flamengo (7.789). Em quatro jogos como mandante, o intitulado dono da maior torcida do país arrastou 31.156 espectadores ao estádio. É o Cariocão da dita Cidade Maravilhosa.