São Paulo - O Brasil vive uma crise financeira. Além dos brasileiros, muitos clubes estão quebrados. Mesmo assim, as Federações exigem a taxa sobre a renda bruta a cada partida dos Campeonatos Estaduais. Sem falar que muitas entidades cobram mais do que 5%, valor visto nos jogos do Brasileirão da Série A. De acordo com o levantamento do Sr. Goool, as 21 Federações já embolsaram R$ 3.919.414,49. Neste levantamento só não foi considerado o Estadual Rondoniense. A Federação local ainda não divulgou os boletins financeiros.
Macaé, Mogi Mirim e Icasa, entre o quinteto desesperado, estão mais desesperados
Leia a notícia completaA Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), por sua vez, obriga os clubes a pagar entre 8,4% e 10%. É verdade que, nesta temporada, a entidade carioca liberou os clubes do interior da cobrança, mas mesmo assim a FERJ tem a segunda maior arrecadação entre as Federações. No Cariocão apenas os grandes pagam quando atuam como mandante e os pequenos também precisam abrir a carteira quando enfrentam Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Diante deste quadro, a FERJ engordou os cofres com R$ 533.459,50, valor inferior apenas a receita do Fluminense (R$ 592.664,12).
No Campeonato Gaúcho, a Federação local é outra que não cobra a taxa de todos os clubes. Segundo levantamento do Sr. Goool, apenas Brasil, Grêmio e Internacional têm parte da renda usurpada. Detalhe: a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) come 10% da renda bruta destes três clubes. Não por acaso, a FGF ostenta a terceira maior arrecadação entre as entidades (R$ 417.293,25). Com 10%, a Federação Goiana de Futebol (FGF) também tem feito um belo pé de meia (R$ 346.503,20).
Mais cobranças...
Enquanto isso, a Federação Mineira de Futebol (FMF) não alivia para ninguém. Pior para os grandes. Atlético e Cruzeiro pagam 10% à entidade, enquanto os outros clubes desembolsam 8,5%. Nesta brincadeira, a FMF já abocanhou R$ 325,246,06. Ao todo, nove Federação engordaram os cofres com mais de R$ 100 mil. Tudo à custa dos clubes. Oito entidades, incluindo a Federação Paraense de Futebol (FPF) que, até pouco tempo atrás, era comandada pelo Coronel Nunes - hoje, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cobram 10% dos seus filiados. Ao todo, 14 entidades exigem taxa superior a 5%.
A única Federação que merece aplausos, neste quesito, é a Paraibana. A FPF, desde o ano passado, não cobra nada dos seus clubes. A Federação Paraibana de Futebol (FPF) acabou com as taxas sobre a renda bruta dos seus filiados. Belo exemplo. Pena que este mais um caso de exceção. E a regra segue quebrando os clubes.
Confira quanto cada Federação embolsou dos seus filiados nos Estaduais 2016:Federação | Arrecadação | Taxa |
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1 - Paulista | R$ 1.016.106,16 | 5% |
2 - Carioca | R$ 533.459,50 | 8,4% a 10% |
3 - Gaúcho | R$ 417.293,25 | 10% |
4 - Goiano | R$ 346.503,20 | 10% |
5 - Mineiro | R$ 325.246,06 | 8,5% e 10% |
6 - Paranaense | R$ 312.539,55 | 10% |
7 - Paraense | R$ 224.512,10 | 10% |
8 - Catarinense | R$ 178.415,40 | 10% |
9 - Pernambucano | R$ 154.667,17 | 8% |
10 - Alagoano | R$ 91.935,24 | 8% |
11 - Potiguar | R$ 71. 331,60 | 8% |
12 - Baiano | R$ 49.555,47 | 5% |
13 - Maranhense | R$ 42.981,22 | 7,5% |
14 - Cearense | R$ 41.313,04 | 8% |
15 - Sergipano | R$ 37.168,40 | 5% |
16 - Sul-mato-grossense | R$ 18.580,03 | 10% |
17 - Capixaba | R$ 16.567,83 | 8% |
18 - Mato-grossense | R$ 15.806,10 | 5% |
19 - Piauiense | R$ 14.020,37 | 5% |
20 - Brasiliense | R$ 10.521,05 | 5% |
21 - Acreano | R$ 891,75 | 5% |