Rio Grande do Sul - Gaúcho! Para ser técnico campeão da Libertadores pelo Grêmio precisa ter nascido no Rio Grande do Sul. Renato Gaúcho, olha só o "sobrenome", engrossou essa lista ao levar o Imortal ao terceiro título no torneio mais importante da América do Sul. O Tricolor, após bater o Lanús na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, por 1 a 0, voltou a triunfar ante os argentinos, desta vez, em La Fortaleza, por 2 a 1, nesta quarta-feira. Renato Gaúcho se juntou a Valdir Espinosa e Luiz Felipe Scolari.

Renato Portaluppi, nome de batismo, no entanto, supera os dois antecessores e todos os brasileiros campeões. O atual comandante do Grêmio é o primeiro do país a faturar a Libertadores como jogador e como treinador. Ele comandou o Imortal, em campo, na primeira volta olímpica em 1983. No banco de reservas estava Valdir Espinosa.

Se Renato Gaúcho é natural de Guaporé, cidade distante 200 km de Porto Alegre, Valdir Espinosa é da própria capital gaúcha. Ele, aliás, atuava como coordenador técnico do Grêmio na atual temporada até se desentender com parte da diretoria e ser demitido. Entre Valdir e Renato está Luiz Felipe Scolari. Antes do penta com a Seleção Brasileira, Felipão faturou o segundo título do Grêmio na Libertadores em 1995. O comandante é natural de Passo Fundo, distante 289 km de Porto Alegre.

Mas não foi só Grêmio que teve técnicos gaúchos em seus títulos na competição da CONMEBOL. O primeiro treinador do estado a festejar foi Paulo César Carpegiani, natural de Erechim. Ele foi campeão com o Flamengo em 1981. Celso Roth, de Caxias do Sul, levou o Internacional ao título em 2010. Tite, atual técnico do Brasil, também é gaúcho e foi campeão da Libertadores. Natural de Caxias do Sul, ele fez história com o Corinthians em 2012.

Campanha campeã!
O Grêmio liderou seu grupo que tinha Guaraní-PAR, Deportes Iquique-CHI e Zamora-VEN e não deu chances a Godoy Cruz-ARG, Botafogo e Barcelona-EQU no mata-mata, além do vice-campeão Lanús. A campanha do título teve 14 jogos com dez vitórias (seis em casa e quatro fora), dois empates como visitante e duas derrotas (uma ao lado da torcida e outra fora), além de 25 gols a favor e nove tomados. Aproveitamento de 76,2%. Como comparação, o desempenho de 1995 ficou em 66,7%. Já na primeira conquista, em 1983, o aproveitamento tricolor bateu em 79,2%.