Bahia - O Vitória pode ter o Leão como mascote, mas quem mordeu a renda dos clubes foi a Federação Baiana de Futebol (FBF). Segundo levantamento do Sr. Goool, a entidade do presidente Ednaldo Rodrigues arrecadou R$ 195.224,30 - montante superior até mesmo em relação ao Rubro-negro, campeão do Campeonato Baiano. A FBF exige 5% da renda bruta de todos os clubes. Isso evita que a Federação fique sem arrecadar, uma vez que é comum ter déficits nas redes líquidas.

Em sete partidas como mandante, o Vitória arrecadou R$ 158.635,00 com a venda de ingressos. Como se não bastasse ter renda inferior a da FBF, o Rubro-negro ainda foi obrigado a repassar R$ 32.102,75 à entidade nordestina. Neste quesito, porém, nenhum clube supera o vice-campeão Bahia.

A FBF tomou do Bahia nada menos do que R$ 99.718,02. Dono do maior público (32.762), da melhor média de pagantes (12.358) e da maior renda líquida (R$ 681.753,32), o Esquadrão também foi o responsável pela maior receita do Estadual Baiano (R$ 581.663,64). Mas nem todos os clubes fizeram dinheiro na competição.

No vermelho!
Três, aliás, pagaram para entrar em campo. A Juazeirense deixou o Estadual com dívida de R$ - 9.898,92. Enquanto isso, o déficit do Galícia chegou a R$ - 10.577,58. Mas nenhum outro clube ficou tanto no vermelho como o Atlântico (R$ - 26. 451,80). Ainda assim, a FBF arrecadou R$ 7.275,37 à custa do seu filiado.

Nas arquibancadas, o Campeonato Baiano foi encerrado com média de 3.698 torcedores e total de 210.795 fãs. Na temporada passada, o Estadual da Bahia obteve média de 3.719 apaixonados. Sem falar que um terço dos jogos sequer alcançaram mil pagantes. Em 61 partidas, o Campeonato Baiano contabilizou 20 duelos até 999 torcedores.

Em campo foram 28 vitórias dos mandantes, 17 triunfos dos visitantes e 16 empates. Aconteceram ainda 156 gols, sendo 92 dos donos da casa e 64 dos visitantes. Média de 2,56 tentos por confronto. O triunfo dos mandantes, por 1 a 0, foi o placar mais repetido - dez vezes.