Paraná - O futebol adora aprontar com os apaixonados pelo esporte. Mas há certos resultados que fazem os "entendidos da bola" ter "certeza" disso e daquilo. Vejam só a final da Série D do Campeonato Brasileiro em que o Operário goleou o Globo, por 5 a 0, em Ceará-Mirim. Como se não bastasse a vantagem de poder perder por até quatro gols de diferença, o Fantasma ainda conta com pontos positivos para levantar seu primeiro troféu em divisões nacionais.

Para começar, o Operário ostenta aproveitamento de 100% no Estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa, local da partida deste domingo, às 19 horas. São sete vitórias em sete jogos, incluindo os 2 a 1 sobre o também nordestino Maranhão no duelo do acesso. Em casa, o Operário não perde desde 10 de outubro de 2015, quando o Remo fez 1 a 0. E não é só isso que o clube paranaense tem a seu favor.

Ao longo de todas as suas participações, o Operário levou mais do que cinco gols em uma mesma partida só uma vez. E mesmo assim foi fora de casa e por diferença inferior a cinco gols. Em 2010, o Madureira venceu, em casa, o Operário, por 6 a 3. A última vez que o Operário foi goleado no Germano Kruger em torneio nacional aconteceu em 2012, pela Copa do Brasil. Naquela oportunidade, o Juventude fez 4 a 0, resultado insuficiente para o Globo.

O clube potiguar, aliás, até tem uma goleada, por 5 a 0, na Série D de 2016. Acontece que esse triunfo sobre o Galícia aconteceu em Ceará-Mirim. Como visitante o Globo ainda não conseguiu fazer o resultado necessário para reverter a vantagem do Operário. Detalhe: se o Globo devolver os 5 a 0, a decisão será nos pênaltis. Para levar o título direto, a Águia precisará de seis ou mais tentos de diferença.

História!
Em nove edições de Série D, apenas Sul e Centro-Oeste não foram campeões da divisão. Os sulistas chegaram duas vezes à final. Na última, em 2014, o Brasil perdeu o título nos pênaltis para o Tombense. Um ano antes, houve o confronto entre nordestinos e sulistas. Melhor para o paraibano Botafogo que superou o Juventude.

A melhor campanha de um paranaense na última divisão nacional tinha sido há três anos, quando o Londrina ficou em 3º lugar. Agora, o Operário poderá dar a tão sonhada conquista aos sulistas e paranaenses. Enquanto isso, o Nordeste acumula sete finais e três títulos com Guarany (2010), Sampaio Corrêa (2012) e Botafogo (2013).

O Rio Grande do Norte, porém, jamais havia chegado à final. E olha que o estado contabiliza os acessos de Alecrim, em 2009, e Baraúnas, em 2012. O Globo eliminou a Juazeirense para marcar presença na decisão. O acesso, porém, foi obtido ante a URT. A Águia, até aqui, acumula dez vitórias (sete em casa e três fora) e cinco derrotas (uma como mandante e quatro como visitante), além de 20 gols a favor e 15 tomados. Aproveitamento de 66,7%.

Já o Operário subiu contra o Maranhão e garantiu vaga na decisão diante do Atlético Acreano. O Fantasma tem 11 triunfos (sete em casa e quatro fora), um empate como visitante e tês derrotas longe da torcida. O clube paranaense ostenta 23 gols a favor e sete contra. Aproveitamento geral de 75,6%.